Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

28/05/2013 - 10:05

Simpósio da Alltech terminou desafiando o agronegócio a impactar o mundo


Palestrantes discutiram algas como alternativa para futuro da alimentação animal e humana.Rebecca Timmons, diretora global de Pesquisa e Qualidade da Alltech.

Lexington -O 29º Simpósio Anual Internacional da Alltech chegou ao fim na última semana, dia 22 de maio, em Lexington (USA). O desafio proposto aos participantes foi para que visualizassem o futuro e buscassem oportunidades para impactar a indústria do agronegócio, além de oferecer ao agricultor uma vantagem competitiva para o mercado.

A sessão de enceramento foi iniciada por Rebecca Timmons, diretora global de Pesquisa e Qualidade da Alltech, com discurso sobre as mais recentes aplicações de algas na pecuária e nutrição humana para mais de 2.300 participantes de 72 países.

Inicialmente o foco no estudo das algas era como fonte de bicombustível, porém as microalgas contêm quantidades de ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA), de alta quantidade, que podem oferecer melhorias para a alimentação nutritiva adicional para uso humano e animal. Hoje, as fontes comuns do DHA, ou “gordura boa”, são óleo de peixe e o próprio peixe que , segundo Rebecca, tendem a não apresentar consistência, segurança e qualidade, além de não serem sustentáveis e nem sempre estarem disponíveis no mercado.

A Alltech possui uma unidade de produção de algas em Winchester, Kentucky (USA), onde recentemente o produto SP-1 foi desenvolvido para fornecer uma fonte consistente da matéria-prima, que apresenta ampla gama de benefícios para várias espécies. Nas produções onde o SP-1 foi utilizado constatou-se um aumento na imunidade, redução da mortalidade e pequeno aumento dos rebanhos. Os produtores que alimentam os animais com este tipo de alga poderão agregar valor a marca junto aos seus clientes, pois seus produtos são eriquecido com DHA - Omega 3.

"Será um ganho duplo, os produtores irão fornecer mais benefícios aos animais e também um produto enriquecido ao consumidor. Isto significa que eles aumentarão seu retorno, além de criarem uma população mais saudável de animais e de consumidores. Podemos realmente mudar a nossa forma de alimentar o mundo, por isso buscamos sempre este objetivo", confirmou Rebecca.

Após a apresentação da diretora global, Dr. Patrick Wall, da Universidade de Dublin, trabalhou os mesmos conceitos, com destaque à impôrtancia da segurança alimentar para a população em crescimento. Veterinário, médico, empresário e presidente da Entidade Europeia de Segurança dos Alimentos, Dr. Wall afirmou que ainda há desconfiança sobre os alimentos, pois é comum acontecerem recalls por meio da mídia. “Tudo o que é consumido por um animal é, por conseguinte, consumido por nós. É preciso anos e alguns milhões de dólares para construir uma marca, mas bastam segundos para destruí-la”, enfatizou o Dr. Walls.

Walls citou que o maior desafio da cadeia alimentar é a falta de conhecimento do processo de produção pelo consumidor final. As corporações agrícolas trabalham constantemente em busca de respostas para problemas como: crescimento da população; desvio de alimentos para o desenvolvimento de combustíveis; o comércio global; pressão constante para redução dos preços, além de leis agrícolas divergentes entre países.

Para o veterinário, estas organizações precisam desenvolver um sistema baseado em redução de risco por meio de soluções como: escolher fornecedores confiáveis??, gerenciar uma equipe bem treinada, implementar um controle de qualidade e sistemas regulatórios rigorosos, utilizar de testes modernos, além de serem pró-ativas com os consumidores e com a mídia.

"Temos o objetivo fundamental de fornecer alimentos nutritivos e seguros. Estamos no negócio da saúde humana, médicos e enfermeiros estão no negócio da doença. Qual é o nosso bem mais precioso? Não é a fazenda, o estoque ou as ações, mas sim a nossa saúde, de nossos amigos e familiares, não podemos nos esquecer disto”, complementou o Dr. Walls.

Dr. Mark Lyons, vice presidente para Ásia-Pacífico da Alltech, discursou também sobre a segurança e ressaltou a visão da empresa em auxiliar a expansão na produção agrícola na China. De acordo com Mark, a segurança do alimento é o “tendão de Aquiles” do país e não deve ser ignorada.

O plano de ação da China para os próximos cinco anos é focar no cresimento das fazendas de maneira mais eficiente e possível de ser rastreada. Por exemplo, cerca de metade dos porcos do mundo vivem na China, e destes, 50 milhões de porcas geram cerca de 20 filhotes por ano, o que representa uma produção anual de um bilhão de suínos. Entretanto, devido à mortalidade pré-desmame, apenas 600 milhões realmente vão para o mercado, os outros 400 milhões são perdidos e equivalem a três vezes a produção dos Estados Unidos. Apenas a sobrevivência anual de um filhote a mais por porca significaria a economia de um milhão de toneladas de alimentos.

“O objetivo da Alltech para os próximos cinco anos é ser uma marca estrangeira com um coração chinês”, disse Mark Lyons. “Queremos nos estabelecer na liderança do mercado, intensificar o vínculo com governo e liderar a cadeia de produção dos alimentos, além de oferecer aos consumidores uma vantagem competitiva”.

Dr. Pearse Lyons, fundador e presidente da empresa, finalizou o evento desafiando os participantes a ajudarem os fazendeiros do futuro na utilização dos recursos oferecido no evento.“Você vai querer voar ou apenas planar? Você irá crescer?”, perguntou Dr. Lyons, “você precisa sair daqui hoje e dizer a si mesmo: ‘Posso não ser capaz de mudar o mundo, mas posso ter um impacto positivo sobre a alimentação da crescente população mundial’”.

Esta edição do Simpósio contou com a participação de 175 palestrantes, 20 sessões e 22 jantares de discussão. O objetivo do evento foi focar em como o agronegócio pode encarar o desafio de produzir alimentos necessários para três bilhões de novos moradores da área urbana ou cerca de nove milhões de pessoas ao redor do mundo em 2050.

Alltech-Fundada em 1980 pelo Dr. Pearse Lyons, a Alltech visa melhorar a saúde e o desempenho dos animais, plantas e pessoas através da nutrição natural e inovação científica. Com mais de 3000 colaboradores em 128 países, a empresa desenvolveu uma presença regional sólida na Europa, América do Norte, América Latina, Oriente Médio, África e Ásia.

Sobre a Alltech do Brasil - É formada por uma unidade fabril em São Pedro do Ivaí (PR) e por um centro administrativo e planta industrial em Araucária (PR). A unidade brasileira é responsável pelo segundo maior volume de produção do Grupo Alltech.

A unidade localizada no município de São Pedro do Ivaí fabrica insumos naturais para alimentação animal a partir do melaço, subproduto da cana-de-açúcar. Prevista inicialmente para produzir anualmente 20 mil toneladas de biomassa, há quatro anos aumentou sua capacidade para 50 mil toneladas/ano, com possibilidade de dobrá-la. Atualmente, esta é a maior fábrica de biotecnologia direcionada para nutrição animal do país. Cerca de 70% da produção é destinada ao mercado externo, transformando o Brasil no maior centro produtor e exportador do uso da alta tecnologia do Grupo Alltech. A planta de Araucária é especializada na fabricação de produtos líquidos, inoculantes e Optigen.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira