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08/11/2007 - 12:47

Reconstruindo a Engenharia Brasileira"

Engenheiros discutem a profissão. Acidentes em 2007 vão servir como pano de fundo para os debates no Instituto de Engenharia, em São Paulo.

Acidentes de grandes proporções afetaram este ano a vida de milhões de habitantes das duas principais cidades brasileiras. No início deste ano, em São Paulo, o desabamento de um trecho da Linha 4 do Metrô, no bairro de Pinheiros, provocou a morte de 7 pessoas e complicou ainda mais o trânsito na cidade. No Rio, um deslizamento de encostas interrompeu, no final de outubro, a passagem de veículos no Túnel Rebouças, principal elo de ligação entre as zonas Norte e Sul. Em Minas, o colapso de uma barragem, em janeiro deste ano, despejou 2 milhões de metros cúbicos de rejeito de bauxita (argila) no rio Muriaé, que abastece parte do noroeste do Rio. Haveria uma causa comum para estes acidentes? A engenharia brasileira estaria em crise? Tais questões vão servir como pano de fundo para o seminário "Reconstruindo a Engenharia Brasileira", promovido pelo Instituto de Engenharia, nos dias 8 e 9 de novembro, na sede do órgão (Av. Dr. Dante Pazzanese, 120. Vila Mariana). Alberto Sayão, professor da PUC-Rio e presidente da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica), participará do encontro. Ele vai apresentar sugestões concretas para reduzir os riscos de novos acidentes. "É essencial rever a Lei de Licitações, que fixa regras para as obras públicas", sustenta o presidente da ABMS, entidade que realizou este ano cinco seminários centrados também na situação atual da engenharia brasileira. Para ele, "nem sempre o menor preço é o melhor preço, uma vez que o risco é inversamente proporcional ao custo - ou seja, custo muito baixo implica em risco muito alto".

O seminário "Reconstruindo a Engenharia Brasileira" será realizado nos dias 8 e 9 de novembro, das 9 às 18 horas, na sede do Instituto de Engenharia (Av. Dr. Dante Pazzanese, 120. Vila Mariana). Do evento participam o presidente do Instituto, Edemar de Souza Amorim, o presidente do CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), Marcos Túlio de Melo, e líderes de todas as principais entidades representativas da engenharia brasileira. Alberto Sayão e o vice-presidente da ABMS, Jarbas Milititsky, vão participar do painel "Formação do Engenheiro", que terá início às 14 horas desta quinta-feira, 8 de novembro.

Além da revisão da Lei de Licitações, outra medida que poderia fortalecer a engenharia brasileira, na visão do presidente da ABMS, seria a introdução de um processo de avaliação dos engenheiros recém-formados, semelhante ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "É uma medida interessante, adotada em países da América do Norte e da Europa, que vem recebendo apoio crescente por parte dos engenheiros brasileiros". Este tipo de avaliação seria exigido também dos engenheiros que quisessem retornar ao exercício da atividade profissional depois de afastados por um determinado tempo. "Não precisariam passar pelo exame os engenheiros que possam comprovar o efetivo exercício da profissão", afirma Sayão.

A ABMS (www.abms.com.br) é uma associação técnico-científica fundada em 1950, com grande tradição na Engenharia brasileira. Reúne mais de 1.000 engenheiros civis, geotécnicos, e especialistas em mecânica dos solos e das rochas, fundações, túneis, engenharia ambiental e várias outras áreas da engenharia geotécnica. É presidida pelo engenheiro Alberto Sayão. || http://www.emtermos.com.br/ABMS/Programa.pdf

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