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01/06/2013 - 07:58

O cigarro eletrônico não livra o tabagista da dependência, alertam os cardiologistas

Cardiologistas, psicólogos e profissionais de saúde receberão orientações sobre os cuidados com pacientes que optam pelo uso do cigarro eletrônico como um método na tentativa de abandono do cigarro. O encontro será durante o XXXIV Congresso da SOCESP, no Transamérica Expo Center em São Paulo, dia 1º de junho (sábado).

Segundo a cardiologista e especialista no assunto, Jaqueline Issa, os profissionais devem ficar atentos, pois provavelmente o paciente vai acabar usando os dois – o cigarro normal e o eletrônico. “Apesar de estar bastante em moda, essa não é uma forma de se livrar da dependência”, afirma Jaqueline.

Segundo a cardiologista, o cigarro eletrônico não é um produto terapêutico, mas uma nova forma de dependência de nicotina, que é inalada em forma de vapor. “Ela é o ingrediente que mantém o vício, portanto funciona apenas como uma forma de burlar todas as leis que proíbem o uso de cigarros em locais fechados”, conta.

Hoje o cigarro eletrônico é considerado a grande vedete da indústria do tabaco - que tem plantado a ideia de um substituto natural para o cigarro, principalmente para ser utilizado nos locais proibidos. “O cigarro eletrônico não é tabaco e possui proporcionalmente menos substâncias nocivas à saúde, mas ainda não existem estudos de segurança conclusivos se, a nicotina na forma inalada – junto com propileno glicol ou glicerol - traria ou não problemas a saúde, principalmente danos respiratórios, cardiovasculares e até mesmo câncer”, alerta Jaqueline.

A cardiologista conta que “a princípio, o cigarro eletrônico parece ser menos agressivo por não ter monóxido de carbono, alcatrão, benzopireno (composto aromático cancerígeno), nem radicais livres provenientes da queima do tabaco, mas possui nitrosamina que é uma substancia cancerígena” e mantém consumo de nicotina em altas concentrações (16 a 25 mg/dia).

No Brasil a Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - proibiu a comercialização, a importação e a propaganda do cigarro eletrônico, mas muitas pessoas, que acreditam que podem se livrar da dependência do cigarro, compram em camelos ou trazem de outros países onde podem ser comercializados.

“Hoje encaramos o cigarro eletrônico apenas como um perpetuador da dependência já que, quando seu uso é interrompido, provoca sintomas e temos que usar tratamento igual ao da síndrome de abstinência provocado pela privação do cigarro convencional”, conclui Jaqueline Issa.

.[ XXXIV Congresso SOCESP, dia 1º de junho de 2013 (sábado), às 10h30, na Transamérica Expo Center, Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387. Informações e inscrições: www.socesp2013.com.br ].

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