Fomento ao investimento será pauta de encontro promovido por BID e ABDE

Seminário acontecerá nos dias 5 e 6 de junho (quarta e quinta-feira), em Brasília, e discutirá formas de aperfeiçoar as condições de acesso ao crédito e facilitar investimentos de longo prazo. Outra novidade durante o evento será o lançamento da Carta ABDE, uma agenda de trabalho voltada ao fortalecimento do Sistema Nacional de Fomento (SNF).

Brasília – Garantir o desenvolvimento sustentado e estável do País por meio de estímulos ao financiamento produtivo e aos investimentos de longo prazo. É com este mote que a Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) promovem seminário em Brasília, nos dias 5 e 6 de junho.

Intitulado O Papel das IFDs no Desenvolvimento Regional e o Fomento ao Investimento a Longo Prazo, o encontro apresentará temas como a ampliação dos mecanismos de financiamento com perfil de prazo alongado, voltado à modernização das cadeias de produção; as Parcerias Público-Privadas (PPPs) em todos os âmbitos de governo; a estruturação de fundos inovadores (FIP, FIDC e VC) para empresas, fornecedores e automação; a inclusão financeira e o microcrédito; entre outros.

Para Carlos Horn, presidente da ABDE, o evento será uma excelente oportunidade para discutir alternativas mais viáveis para estimular o investimento de longo prazo, que é um dos motores de crescimento de cidades, indústrias e do agronegócio. “O seminário também servirá para consolidar a posição da Associação como ponto de referência nas discussões sobre o financiamento ao desenvolvimento no Brasil”, afirma.

Daniela Carrera-Marquis, representante do BID no Brasil, revela que o Banco Interamericano é o organismo multilateral que mais vem atuando junto a bancos de desenvolvimento nacionais e agências de fomento na América Latina para melhorar as condições de acesso e financiamento de longo prazo do setor privado e a promoção de um maior desenvolvimento produtivo.

“No Brasil, além de uma colaboração de longa data com bancos de desenvolvimento nacionais como o BNDES e o BNB, e bancos comerciais, o BID vem fazendo esforços para atuar mais ativamente junto às agências estaduais de fomento”, disse.

Segundo nova publicação da divisão de mercados de capital e instituições financeiras do BID, “Bancos Públicos de Desarrollo: ¿HaciaunNuevo Paradigma?”, os bancos públicos seguem uma trajetória de melhora operacional e financeira demonstrando um impacto positivo importante no desenvolvimento produtivo da região e criando uma posição estratégica dessas entidades para o desenvolvimento da América Latina na próxima década.

Conjunto de sugestões – No primeiro dia de evento, a ABDE e seus 30 associados divulgarão oficialmente a Carta ABDE, uma agenda de trabalho que reúne propostas voltadas ao fortalecimento do Sistema Nacional de Fomento (SNF), formado pelos bancos federais, regionais e estaduais públicos, agências de fomento, Finep e Sebrae.

. A Carta ABDE define diretrizes para contribuir com o desenvolvimento sustentável brasileiro nas esferas econômica, social e ambiental, por meio do fortalecimento do SNF. Entre as propostas do documento estão sugestões para: discutir propostas estratégicas para o desenvolvimento nacional e regional; fortalecer a capitalização das IFDs com acesso a novas fontes de recursos; discutir alternativas para canalizar tributos das IFDs para projetos prioritários; ajustar o marco regulatório do setor, que possui características específicas voltadas exclusivamente para o fomento ao desenvolvimento, alternativas para a exigência de garantias na concessão de crédito; incentivar a inovação e intensificar o financiamento de projetos inovadores.

Intercâmbio de experiências – Além de contar com a chancela do BID, o encontro terá a presença da diretora de inteligência do Bancoldex (banco de desenvolvimento empresarial e comércio exterior da Colômbia), Doris Arevalo;o Secretário Geral da Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras para o Desenvolvimento (Alide); e o gerente técnico da Agencia San Juande Desarrollo de Inversiones (Argentina), MarisuPuerta, que apresentará informações sobre os incentivos ao setor agrícola naquele país.

Além deles, Luciano Coutinho, presidente do BNDES; Daniela Carrera, representante do BID no Brasil; Luís Awazu Pereira da Silva, diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central; Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Normas do BC;e Agnelo Queiroz, governador do DF; também confirmaram presença no seminário.

Promovido pelo BID e a ABDE, o seminário O Papel das IFDs e o Fomento ao Investimento Privado de Longo Prazo é será realizado nos dias 5 e 6 de junho, na sede do Bancoob (Setor de Indústrias Gráficas – SIG, quadra 6, nº 2080), em Brasília. [www.abde.org.br].

O BID é a principal fonte de financiamento em longo prazo da América Latina e o Caribe. Fundado em 1959, é formado por 48 países membros, dos quais 26 são membros mutuários da América Latina e do Caribe. A Divisão de Mercados de Capital e Instituições Financeiras do Banco atua apoiando a governos, bancos de desenvolvimento e agências de fomento na região para promover o financiamento do desenvolvimento produtivo na região da América Latina através do fortalecimento das competitividades próprias dos países e da ampliação de oferta de crédito e diminuição de falhas de mercado que o setor privado enfrenta para acessar o financiamento.

Perfil da ABDE - A Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE) foi criada em 1969 e tem o objetivo de congregar, representar, defender os interesses e apoiar, organizacional e operacionalmente, os interesses dos seus 30 associados (bancos federais, regionais e estaduais de desenvolvimento, bancos públicos comerciais com carteira de desenvolvimento, bancos cooperativos, agências de fomento, agência nacional de inovação - Finep e Sebrae), representando-os perante o governo e outras instituições, para promover a melhoria institucional e operacional. Suas ações visam contribuir para promoção do desenvolvimento sustentável no país nos âmbitos econômico, ambiental e social. Tem sua sede operacional no Rio de Janeiro e um escritório administrativo em Brasília.