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06/06/2013 - 09:04

Fafen-PR tem novo diretor industrial


A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, deu posse no dia 5 de junho (quartaa-feira), ao novo diretor industrial da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras (Fafen-PR), Edmir Bitencourt de Souza, em Araucária (PR). No dia 1º de junho, a Petrobras oficializou a compra da Araucária Nitrogenados da Vale Fertilizantes.

Na cerimônia, que contou com a presença do diretor de Gás e Energia, Alcides Santoro, do diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais, José Antônio de Figueiredo, do gerente executivo de Gás Química e Liquefação, Luiz Eduardo Valente Moreira, de executivos da Companhia e representantes dos empregados da Fafen-PR, a presidente Graça Foster fez questão de ressaltar a importância da unidade para os negócios e os resultados da Petrobras.

E enfatizou: "Como empregada da Petrobras, e como brasileira, estou muito feliz e orgulhosa por ter de volta esta planta. Estou com o sentimento do dever cumprido por reintegrá-la à nossa carteira de fertilizantes", afirmou.

A presidente da Petrobras fez questão de frisar que a aquisição da Fafen-PR é clara demonstração de que a situação financeira e econômica da Petrobras é sólida, e a Companhia está crescendo, investindo. "É inquestionável o crescimento da Petrobras. Em 2012 investimos U$ 45 bilhões, e para este ano a previsão é de U$ 49 bilhões", informou, lembrando que em apenas três horas a Petrobras fez uma captação histórica de U$ 11 bilhões. "E não tomamos mais porque não era conveniente", disse. “A Petrobras não está em dificuldades financeiras. A empresa fez um endividamento com vistas ao crescimento", ressaltou.

“Quem emprestaria tanto dinheiro a uma empresa que não tivesse lastro, resultados, portfólio?", perguntou a presidente.

Para uma plateia formada por executivos e empregados da Fafen-PR, a presidente falou das áreas importantes da Companhia, destacando a grande oportunidade que o pré-sal oferece e a enorme responsabilidade da Petrobras em investir fortemente em exploração e produção. "Nunca construímos tantas unidades como agora. Serão 38 até 2020", informou.

Rapidamente, mas com fatos e dados, a presidente ressaltou o crescimento do refino: em um ano, a Petrobras produziu 150 mil barris de derivados a mais por dia, com as mesmas refinarias. "Nosso refino tem tido um desempenho espetacular”, disse. “Nos 14 últimos meses, sem incluir nenhuma nova refinaria, colocamos mais 150 mil barris de capacidade, apenas com mais eficiência." Graça concluiu agradecendo a Vale, pela rapidez e profissionalismo com que tratou a operação de venda da fábrica de fertilizantes.

Em seu discurso, o diretor Alcides Santoro destacou a vocação agrícola do Brasil e seu reflexo na área de fertilizantes. “O Brasil é um País com vocação agrícola. Cerca de 25% do PIB, 1 trilhão de reais, provém do agronegócio. E o crescimento do agronegócio reflete diretamente na área de fertilizantes.”

Ao tomar posse no cargo de diretor industrial, Edmir Bitencourt agradeceu a confiança nele depositada pela direção da Companhia, garantiu uma gestão pautada pelo diálogo e afirmou que espera utilizar seus conhecimentos para alavancar ainda mais os negócios da Companhia.

A compra - O pagamento, no valor de 234 milhões de dólares, será feito com a receita proveniente do arrendamento dos direitos minerários de titularidade da Petrobras à Vale no Estado de Sergipe. A unidade passa a integrar o portfólio de produção de fertilizantes da Petrobras e tem capacidade de produção anual de 700 mil toneladas de ureia e 475 mil toneladas de amônia, além de produzir o Agente Redutor Líquido Automotivo (Arla 32).

A planta, que entrou em operação em 1982, vai complementar os demais ativos de fertilizantes da Petrobras, possibilitando maior proximidade com os mercados de São Paulo e Paraná; maior disponibilidade de armazenamento e modais de transporte; otimização do mix de produção de cada fábrica para atender aos perfis de seus mercados adjacentes; e potenciais sinergias com a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), que fica próxima e fornece matéria-prima (resíduo asfáltico) à Fafen-PR.

Novas unidades - A Petrobras é a maior produtora de fertilizantes nitrogenados do Brasil. Com a aquisição da Fafen-PR, a empresa reforça a área de negócio em fertilizantes, em alinhamento com o seu Plano de Negócios e Gestão 2013-2017. A Companhia possui duas fábricas, a Fafen-SE, com capacidade de produção de 657 mil toneladas/ano de ureia e 456 mil toneladas/ano de amônia; e a Fafen-BA, com 474 mil toneladas/ano de ureia e 474 mil toneladas/ano de amônia.

A Petrobras está investindo em novas unidades a fim de acompanhar o crescimento do mercado. Em Três Lagoas (MS) está sendo construída uma planta que entrará em operação em setembro de 2014 com capacidade para produzir 1,2 milhão de toneladas/ano de ureia. No município de Laranjeiras (SE), está sendo construída uma planta de sulfato de amônio com capacidade para produzir 303 mil toneladas/ano, começando a produzir ainda este ano. Duas outras unidades estão em estudo no Plano de Negócios e Gestão, uma em Uberaba (MG), com capacidade para 519 mil t/ano de amônia, e outra em Linhares (ES), com capacidade para produzir 750 mil t/ano de ureia.

Mercado de fertilizantes - O segmento de fertilizantes encontra-se em expansão, tanto no Brasil quanto no mundo. Com o crescimento populacional e o aumento de renda espera-se um aumento no consumo de alimentos, principalmente de proteína animal, que requer mais grãos para sua produção e, por consequência, maior consumo de fertilizantes.

O consumo de fertilizantes no Brasil, em 2003, foi de 22,8 milhões de toneladas, passando para 29,6 milhões em 2012, o que configurou crescimento de 30% no período. De acordo com dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, organização mundial com sede em Paris), entre 2010 e 2020, somente no Brasil, a produção de alimentos crescerá 40%.

Atualmente, o Brasil consome cerca de 4 milhões 400 mil toneladas de ureia, sendo a Petrobras responsável por 35% da produção, já considerada a nova Fafen-PR. Com as unidades em implantação e em avaliação, a Petrobras atenderá, em 2015, a 55% do mercado e, em 2020, a 59%, reduzindo a necessidade de importação desse valioso insumo.

Fertilizantes nitrogenados são matérias-primas derivadas da amônia e amplamente utilizadas na agropecuária e na indústria. A ureia, que é um fertilizante nitrogenado, pode ser usada na produção de cosméticos, medicamentos, resinas, colas e hidratantes corporais, por exemplo. Outro fertilizante nitrogenado, o sulfato de amônio também é utilizado na produção agrícola.

A amônia é obtida a partir da transformação química do gás natural. Sua principal utilização é como matéria-prima para a produção de fertilizantes nitrogenados (ureia, sulfato de amônio e nitrato de amônio) e fertilizantes fosfatados (fosfato monoamônico e fosfato diamônico). A amônia é usada também na indústria alimentícia e na produção de desinfetantes, tinturas de cabelo, materiais plásticos, couro e explosivos, entre outros produtos.

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