Essencial para a vida

O leite materno garante nutrição e proteção de bebês que precisam ganhar peso com saúde.

O benefício da amamentação se comprova a cada dia, em inúmeras pesquisas. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o leite materno dado exclusivamente nos seis primeiros meses vida pode reduzir mais de 1,3 milhão de mortes em crianças de até 5 anos nos países em desenvolvimento. “Mas esse não é o único benefício”, explica Nicole Gianini, coordenadora médica do Centro de Tratamento Intensivo Neonatal (Cetrin) da Casa de Saúde Santa Lúcia.

Segundo a especialista, as crianças e os adultos que receberam leite materno têm menos risco de ser obesos, desenvolver osteoporose, hipertensão ou doença metabólica. Além disso, apresentam boa composição corporal, respondem melhor às infecções e possuem alta performance durante o aprendizado. “Todos esses motivos alicerçam a importância de garantirmos o aleitamento materno pelo maior tempo possível”, argumenta Nicole.

Nicole explica que todos esses benefícios são passados para as crianças por meio de células de defesa, anticorpos e enzimas que vêm do leite, funcionando como uma proteção extra proveniente da mãe. “O leite materno é um alimento completo. Uma vez que a criança só mama no peito, não há necessidade de mais nada nos seis primeiros meses de vida”, afirma a neonatologista.

As vantagens não estão reservadas somente aos pequeninos. As mamães também têm ganhos imediatos e futuros por conta da amamentação. “Após o parto, amamentar ajuda o útero a voltar para o lugar, a perder peso, a combater a osteoporose e o câncer de ovário e a chance de desenvolver câncer de mama”, diz Nicole.

“Mas não é fácil amamentar. Não é só colocar o bebê no peito e pronto. A mãe deve estar em uma posição confortável; o bebê deve abocanhar toda a aréola do seio para evitar rachadura; o bebê deve ficar ‘barriga com barriga’ para que consiga mamar com a cabeça centrada e a mãe precisa de repouso entre as pausas do aleitamento”, explica a médica.