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12/06/2013 - 08:02

Nódulos na tireoide: risco ou não?

Nódulos na glândula são bastante comuns na prática clínica, mas apenas 5%-10% são malignos.

Quem procura tem grandes chances de realmente achar. Esse é o panorama geral que engloba os temidos, mas nem sempre malignos, nódulos da tireoide. A glândula que tem o formato de uma borboleta ou de um H, localizada na região anterior e inferior do pescoço, é responsável pela produção de hormônios que regulam o metabolismo do organismo. Mas também é causadora de expectativa e estresse quando seus nódulos acabam descobertos seja por palpação ou exame ultrassonográfico.

Conforme explica o oncologista Gyl Henrique A. Ramos, especialista em cabeça e pescoço do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, onde 3.400 casos de tumores de tireoide foram detectados de 1990 a 2004, a grande verdade é que nódulos na glândula tireoide são comuns – mais do que se imagina. Massas sensíveis ao toque, palpáveis, são detectadas em cerca de 3% da população geral, seja pelo autoexame do paciente (olhando o pescoço no espelho) ou pelo exame médico. “Mas os números podem surpreender: considerando os nódulos diagnosticados por ultrassonografia, a prevalência pode ultrapassar 50% na população feminina com mais de 50 anos de idade”, revela.

No entanto, a probabilidade de um nódulo com padrão suspeito ser maligno é baixa: 5-10% dos casos. E, no caso de um câncer, costuma ser pouco invasivo, com bom prognóstico e sobrevida chegando a quase 100% em dez anos, desde que todo o tratamento e acompanhamento sejam feitos. “Os endocrinologistas, os cirurgiões de cabeça e pescoço e os cirurgiões oncológicos, com formação adequada e conhecendo as particularidades da população de cada microregião brasileira, estão aptos para suspeitar, diagnosticar e tratar esta doença tanto benigna quanto maligna”, ressalta o especialista.

Desafio – Desse modo, o principal desafio para os especialistas é diferenciar um nódulo com potencial maligno de um nódulo benigno. Para isso, utilizam-se dados de história familiar e exame físico, além de vários exames, marcadores séricos e citologia do nódulo, obtida por punção aspirativa com agulha fina (PAAF). Com esses dados, é possível identificar com razoável sensibilidade e especificidade os pacientes portadores de carcinoma de tireoide (câncer).

Segundo o oncologista, existe um determinado tipo de câncer da tireoide que está relacionado com alteração genética familial, o que implica na necessidade de uma pesquisa junto aos familiares em busca dessas alterações que indicam maior risco de desenvolvimento da doença. “Nesses casos, leva-se em consideração a retirada preventiva da glândula”, comenta.

“Médicos clínicos gerais e principalmente os endocrinologistas, com formação adequada e conhecendo as particularidades da população de cada microrregião brasileira, estão aptos para suspeitar, diagnosticar e tratar o problema”, ressalta. [www.erastogaertner.com.br].

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