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13/06/2013 - 10:08

O desperdício da energia eólica

A estiagem característica do inverno volta a ameaçar o fornecimento de energia em muitas cidades brasileiras. E mesmo a pouca chuva que cai não tem sido suficiente para abastecer os reservatórios das hidrelétricas.

Enquanto campanhas são promovidas no intuito de conscientizar a população a economizar água em casa, algumas soluções que poderiam contribuir para os problemas previsíveis nesse período não podem ser colocadas em prática por pura ineficiência e, como quase tudo, falta de planejamento.

Estou me referindo à energia eólica, que seria uma dessas soluções. Após os últimos leilões, em que a fonte foi sucesso de vendas, superando as fontes térmicas e usinas a gás natural nas disputas, várias usinas eólicas foram erguidas, especialmente na região Nordeste, porém muitas delas não foram colocadas em atividade por falta de linhas de transmissão e subestações.

Não houve sequer o início das obras, resultando em um grande desperdício, uma vez que a usina está lá podendo produzir energia suficiente para abastecer estados inteiros, e prejuízo ao consumidor final, que agora se vê ameaçado por racionamentos e falta de energia.

Um próximo leilão de oferta de energia eólica está previsto para agosto deste ano e mudanças estão sendo estudadas para garantir que a produção seja realmente bem aproveitada. Entre as mudanças, será determinado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pelo leilão, que só poderão competir empreendimentos em áreas onde há subestações e linhas de transmissão já prontas. Mesmo afetando a competitividade da energia eólica, neste momento é a solução mais acertada para evitar novas perdas.

Por: Mikio Kawai Jr.,economista pela FEA-USP (1995), mestre em economia pela Unicamp (1999 - dissertação sobre gestão de riscos) e Advanced Executive Management pela IESE Business School (Espanha 2011). Iniciou a carreira no mercado financeiro em bancos de investimentos, tanto nacional como estrangeiro, migrou para o mercado de energia na sua genese, em 1998, tendo trabalhado na CPFL Energia ate 2004, atuou como gerente de suprimento de energia na AES Brasil, gerente de operações na Openlink (Nova York e SP). Desde 2008 ocupa o cargo de diretor executivo do Grupo Safira, companhia que atua na comercialização de energia, além de consultoria e prestação de serviços em representação de entidades no âmbito da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

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