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15/06/2013 - 09:30

Saiba por que o uso de antibióticos pode causar desequilíbrio intestinal

Com a chegada do inverno e a queda nas temperaturas, cresce o consumo de antibióticos contra infecções respiratórias. Crianças e idosos são os mais atingidos.

A estação mais fria do ano começa em 21 de junho, e a queda nas temperaturas favorece a infecção por vírus causadores de gripes, resfriados e, consequentemente, por bactérias que afetam o trato respiratório. Os grupos mais vulneráveis ao problema são as crianças, por não terem desenvolvido plenamente a proteção natural do organismo, e os idosos - cuja imunidade tende a diminuir com o passar dos anos. O tratamento indicado por especialistas muitas vezes lança mão de antibióticos. Porém, um fato para o qual nem todos estão atentos é que, sem prevenção, o uso destes medicamentos pode prejudicar o equilíbrio intestinal.

Dr. Edimilson Migowski é professor de infectologia pediátrica e diretor do Instituto de Pediatria da UFRJ. O médico explica por que isto ocorre: “Em nosso organismo, principalmente no intestino grosso, existem centenas de espécies de bactérias. Muitas delas são importantes para a saúde, como por exemplo, na produção da vitamina K, fundamental para a coagulação sanguínea. No entanto, algumas bactérias são nocivas, e competem por espaço com as outras, ‘do bem’. O antibiótico utilizado para tratar uma infecção respiratória não atua de forma seletiva no pulmão, ele atinge também os microrganismos que vivem no intestino. Ao destruir as bactérias mais sensíveis a determinado medicamento, o remédio pode favorecer a proliferação de agentes patogênicos”, afirma o especialista.

A consequência pode ser uma diarreia aguda, com o risco de desidratação, caso não tratada. Segundo Dr. Migowski, estima-se que a diarreia ocorra entre 11% e 40% dos casos em que há utilização de antibióticos contra infecções pulmonares, urinárias ou na garganta, por exemplo. Nos casos mais graves, o problema é a infecção pela bactéria Clostridium difficile, causadora da colite pseudomembranosa. “A colite é uma inflamação grave no intestino, que demanda a prescrição de antibióticos com espectro de abrangência aumentado. Muitas vezes, se inicia o tratamento com um antibiótico contra infecção respiratória e, posteriormente, há necessidade de migrar para outro ainda mais forte, para combater a infecção pelo Clostridium”, observa. A prevalência da colite é de 10% a 20% dos casos em que há diarreia associada ao uso de antibióticos.

Como prevenir? O especialista afirma que a prevenção é simples, e pode ser feita com a prescrição de probióticos – medicamentos fabricados a partir de organismos vivos, cuja atuação favorece a defesa do intestino contra agentes nocivos. “Muitos profissionais ainda não adotaram a prática em seus procedimentos clínicos. Antigamente, no intuito de prevenir diarreias associadas a antibióticos, as pessoas recorriam à ingestão da levedura de cevada, solicitando a receita a seus médicos. Porém, não havia bases científicas para a prescrição desta levedura. Já o probiótico Saccharomyces boulardii tem sua eficácia comprovada, conforme estudos publicados na literatura médica internacional. Mas, infelizmente, muitos médicos ainda fazem associação com a levedura de cevada”, diz Dr. Migowski.

O Saccharomyces boulardii é um probiótico da classe das leveduras e vem sendo utilizado desde a década de 1950 em países europeus, na prevenção e no tratamento da diarreia. Testes sobre sua eficácia demonstraram uma redução de 80% na ocorrência de diarreia associada ao uso de antibióticos em crianças, em comparação com o uso de placebo (porcentagem dos pacientes com diarreia: 3,4% com S.boulardii; 17,3 % com placebo. Referência: Kotowska M et al.Saccharomyces boulardii in the prevention of antibiotic-associated diarrhoea in children: a randomized double-blind placebo-controlled trial. Aliment Pharmacol Ther 2005; 21: 583–590).

De acordo com Dr. Edimilson Migowski, o ideal é a prescrição preventiva, em doses pequenas, simultaneamente à indicação do uso de antibióticos em geral. Desta forma, é possível prevenir complicações como a diarreia aguda e a colite pseudomembranosa. “Nos casos em que não houve prevenção e ocorre a diarreia, indicamos uma ‘dose de ataque’ com o Saccharomyces boulardii, e a manutenção de doses menores até a mudança no quadro, além de hidratação por via oral ou até mesmo intravenosa”, afirma. O médico alerta que, ao surgirem sintomas de diarreia ou infecções respiratórias, é necessário consultar um especialista.

A Merck é a mais antiga indústria farmacêutica e química do mundo. A companhia une essa tradição com a busca constante por inovações nos segmentos em que atua. Com forte presença global, a Merck, fundada na Alemanha há mais de 340 anos, hoje está presente em 67 países e distribui seus produtos em mais de 150. A empresa possui visão de longo prazo e prioriza a pesquisa e o desenvolvimento de inovações nas indústrias farmacêutica e química.

Desde 1995, a empresa possui cerca de 30% do seu capital total cotado na Frankfurt Stock Exchange. Os demais 70% pertencem à família Merck, descendente do fundador. Atualmente, a empresa conta com cerca de 40 mil colaboradores distribuídos por 67 países. Em 2012, a receita total cresceu 8,7% para €11,2 bilhões, e as vendas aumentaram 8,4% para €10,741 bilhões, refletindo crescimento orgânico de 4,5% em relação a 2011.

A Merck atua no Brasil desde 1923 - há 90 anos - e é uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do País, de acordo com o IMS Health. Sua sede é no Rio de Janeiro, onde fica também a fábrica de medicamentos. A área Química está localizada na capital paulista e conta com uma planta em Barueri e um depósito em Cotia, na Grande São Paulo. No Brasil, a empresa tem cerca de 1.100 funcionários.

A Merck trabalha em duas frentes, farmacêutica e química, e busca o equilíbrio nesses negócios. A área farmacêutica composta pelas divisões Merck Serono - de medicamentos de prescrição e Genéricos – e Produtos de Consumo (Consumer HealthCare). Já a Química compreende as divisões Merck Millipore, com portfólio completo de soluções para análises em laboratórios de pesquisa ou controle de qualidade em indústrias ou instituições de saúde; e Performance Materials, com pigmentos industriais, ativos e pigmentos cosméticos oferecidos para diversos segmentos, como o de cosméticos, automotivo e de tintas especiais.

A Merck conta com um Programa de Responsabilidade Social Corporativa que tem como princípio o compromisso com os funcionários, com a sociedade e com o meio ambiente. O objetivo é contribuir tanto com a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários – através de uma série de iniciativas e programas específicos – como proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência e crianças e jovens em risco social. Dessa forma, a Merck colabora a partir do apoio a projetos e ações que valorizam a cultura e a cidadania.

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