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15/06/2013 - 10:03

Elizabeth Jobim – Blocos


O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta, a exposição “Elizabeth Jobim – Blocos”, sua primeira individual no Museu, com 13 obras da inédita série “Blocos”, produzidas este ano. Com curadoria de Luiz Camillo Osorio, a sala de cerca de 400 metros quadrados do segundo andar, junto ao Espaço Monumental, vai receber blocos de dois metros de altura, com pintura a óleo sobre tela sobre madeira. Cada trabalho – ou bloco – está disposto em conjuntos de um, dois ou três elementos, cada qual com uma cor distinta. Além do azul – marca da produção da artista – e cores escuras como o verde musgo e o bordô, estão nesta exposição trabalhos em cores vibrantes como amarelo limão, laranja e azul turquesa, ou neutras como cinza e ocre. As obras foram pensadas especialmente para o espaço do Museu.

Os primeiros elementos com volume aparecem em sua pintura a partir de 2008, quando as telas, dispostas lado a lado, tinham profundidades diversas e assim ganhavam relevo. Na mostra “Endless Lines”, na Lehman College Art Gallery, em Nova York, as telas recobriam as paredes e formavam um único trabalho, cercando o visitante.

Nesta exposição, pela primeira vez na trajetória da artista, as obras ganham o espaço. “Antes, o visitante estava rodeado pelo trabalho, que ocupava as paredes. Agora, no MAM, o espectador é quem vai rodear o trabalho, com o seu corpo. A diferença é que a pintura desta vez não tem a parede para se apoiar”, ressalta Elizabeth Jobim.

Nestes trabalhos, a artista estabelece relações com o neoconcretismo, em especial com os “Objetos Ativos”, de Willys de Castro (1926-1988) e os “Penetráveis” de Hélio Oiticica (1937-1980).

Luiz Camillo Osorio, ao escrever sobre a exposição, observa que “este novo momento da obra, todavia, já vinha amadurecendo há algum tempo, com os planos de cor se avolumando e se deslocando na superfície da pintura. Neste salto dos ‘Blocos’ – que remetem aos objetos ativos de Willys de Castro e também aos objetos específicos de Donald Judd – a estrutura geométrica fica mais solta, assumindo uma corporalidade mais frágil e menos impositiva. As relações de cor são criadas nos intervalos pelos quais o espectador caminha e a apreensão integral da forma instalada só se dá por partes e de modo fragmentado. Os ‘Blocos’ são arejados, vibram com a presença da cor e deixam o olhar caminhar de modo sereno e sem pressa”.

“Esta exposição de Beth Jobim é um momento novo de sua obra, deslocando a pintura e a cor para atuarem diretamente no espaço real do espectador. Os ‘Blocos’ são ao mesmo tempo pintura, escultura e instalação. Eles funcionam isolados, como blocos ativos de cor, mas também podem ser integrados enquanto instalação, dinamizando todo o espaço a sua volta. O espectador deve percorrê-lo livremente, criando sua própria narrativa de apreensão e circulação. Creio, entretanto, que o elemento condutor será a atração cromática de cada bloco que vai puxando o movimento do corpo nesta ou naquela direção”, afirma o curador.

Esta é a primeira exposição institucional da artista no Rio desde “Aberturas”, realizada no Paço Imperial em 2006. Em 2010, a Pinacoteca do Estado de São Paulo organizou a exposição “Elizabeth Jobim – Em azul”.

Elizabeth Jobim – Pequena biografia: Elizabeth Jobim nasceu em 1957 no Rio de Janeiro, onde estudou desenho e pintura com Anna Bella Geiger, Aluísio Carvão e Eduardo Sued. Formou-se em Comunicação Visual na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), em 1981, e cursou uma especialização em história da arte e da arquitetura brasileira em 1988-1989. De 1990 a 1992, fez mestrado em Fine Arts (MFA), na School of Visual Arts de Nova York. Lecionou no Ateliê de Desenho e Pintura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (Rio de Janeiro), em 1994 e 2010. Entre as suas exposições, destacam-se: Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, 1982/1983); Como vai você Geração 80?, no Parque Lage (Rio de Janeiro, 1984); Rio hoje, no Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, 1989); Panorama da arte atual brasileira, no Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1990); Influência poética: dez desenhistas contemporâneos, Amilcar de Castro e Mira Schendel, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 1996); Brasil arte contemporânea brasileira, na Galeria Nacional de Belas Artes (Pequim, China, 2001); O espírito de nossa época: coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, no Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro e São Paulo, 2001); Caminhos do contemporâneo – 1952/2002, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2002) e 5a Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2005); Aberturas, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2006); Endless lines, na Lehman College Art Gallery (Nova York, 2008) exposta concomitantemente à instalação Sem fim, na Lurixs Arte Contemporânea (Rio de Janeiro); Voluminous, na Frederico Sève Gallery, (Nova York, 2009); Em azul, na Estação Pinacoteca, (São Paulo, 2010); Art in Brasil 1950-2011 – Europalia 2011, no Palais des Beaux-Arts, (Bruxelas, 2011); Mineral, na Lurixs Arte Contemporânea (Rio de Janeiro, 2012); e Forma e Presença, na Simões Assis Galeria de Arte (Curitiba, 2013) e Aproximações Contemporâneas, na Roberto Alban Galeria de Arte (Salvador, 2013). De 21 de junho a 18 de agosto de 2013, e terça a sexta, das 12h às 18h. Sábado, domingo e feriado, das 12h às 19h. A bilheteria fecha 30 minutos antes do término, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro [MAM Rio], na Av. Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo – Rio de Janeiro.Curadoria: Luiz Camillo Osorio | Realização: MAM Rio| Ingresso: R$12,00 Estudantes maiores de 12 anos: R$6,00 | Maiores de 60 anos: R$6,00 | Amigos do MAM e crianças até 12 anos: entrada gratuita | Quartas-feiras a partir das 15h: entrada gratuita | Domingos ingresso família, para até 5 pessoas: R$12,00.Mantenedores do MAM: Petrobras, Light e Organização Techint. [www.mamrio.org.br].

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