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18/06/2013 - 11:09

Gestores precisam investir tempo e dedicação nas contratações

Uma pesquisa recente da CarrerBuilder revela que mais da metade dos empregadores em cada uma das 10 maiores economias do mundo dizem que uma má contratação (alguém que não se adequou ao trabalho ou à empresa) tem impacto negativo em seus negócios, apontando para uma perda significativa de receita, de produtividade ou desafios com a moral dos demais funcionários e relações com clientes. Dos empregadores entrevistados, 41% dos brasileiros afirmam que sofrem mais com perda de produtividade e para treinar e preparar um novo funcionário.

É muito comum que gestores me perguntem como uma empresa poderia aumentar sua produtividade e lucratividade, e a minha primeira resposta a esta questão é: todo presidente, diretor, gerente ou dono de empresa deveria gastar no mínimo 30% de seu tempo contratando, treinando e avaliando pessoas.

Pode parecer não fazer sentido, mas o principal ganho que estas horas podem trazer à organização é, além de ser um grande facilitador na hora de promover ou demitir um funcionário, é a possibilidade de aumentar a capacidade de aproveitar as pessoas no que elas têm de melhor, posicionando-as nos lugares certos, aumentando consideravelmente os rendimentos.

Mas, como saber qual a pessoa certa para um lugar? O principal desafio das empresas é descobrir quais são os talentos de seus funcionários e aperfeiçoá-los. Mas isto nem é tão difícil.

O maior problema dos colaboradores está nas atitudes. A pessoa tem talento para a função, um ótimo currículo, fala três idiomas, mas é indolente, tem dificuldades em cumprir horários, ou trabalha mal em grupo, não consegue ser proativa, ou é desagregadora, ou faz tudo isso ao mesmo tempo. E se já contratou e descobriu que trocou gato por lebre? Se o problema for consistente, insistente, não é uma fase somente, e sim, um problema estrutural, contínuo: demita e comece a procurar de novo!

Ao invés de olhar apenas o currículo dos candidatos, coloque uma lupa no histórico, pois, todo mundo, sem exceção, deixa um rastro durante a vida, e ele mostra uma clara tendência para o futuro. A personalidade, ao contrário do que muitos dizem, é previsível. Fazendo as perguntas certas e checando as respostas, as chances de acertar uma contratação aumentam muito.

Com certeza há quem duvide que um presidente de empresa gaste tanto tempo com recrutamento, sendo eles tão ocupados. São raros, mas existem. Não digo que os dirigentes de companhia têm que substituir ou fazer o papel do RH, mas trabalhar em total sintonia, participando da seleção em todos os cargos estratégicos, das dinâmicas de grupo e até da análise do que deu errado em cada contratação. Se você, como líder, investir seu tempo nesta análise, com certeza acertará com muito mais frequência nas suas escolhas.

.Por: Eduardo Ferraz, consultor em Gestão de Pessoas há 21 anos e especialista em treinamentos usando como base a Neurociência comportamental. Acumula mais de 30.000 horas de experiência prática em empresas de vários segmentos. É pós-graduado em Direção de Empresas e autor do livro “Vencer é ser você”, pela Editora Gente. [www.eduardoferraz.com.br | www.facebook.com/eduardoferrazconsultor].

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