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18/06/2013 - 11:23

Arroz: safra apresenta aumento no Rio Grande do Sul

“Na segunda metade de 2012, o cereal gaúcho se aproximou de R$ 40,00 por saca, ficando em torno de 65% acima se comparado com mesmo período do ano anterior, em 2011”.

Apesar da redução da área plantada, a produção de arroz apresentou ligeiro aumento no Brasil na temporada 2012/13, com destaque para o Rio Grande do Sul, que tem aproximadamente 44,6% da área total cultivada e com o equivalente a 66,4% da produção nacional.

Segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Agroeconômicas SAFRAS & Mercado, elaborado pelo analista Eduardo Aquiles, ao todo foram cultivadas cerca de 2,398 milhões de hectares em todo o país, sendo que nos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste predominam o cultivo de arroz de terras altas, enquanto que no Sul do país o arroz irrigado concentra a maior parte da produção.

No Rio Grande do Sul foram cultivados 1,069 milhão de hectares na temporada 2012/13, apresentando elevação de 3,5% sobre a safra anterior, quando foram plantadas 1,032 milhão de hectares. “Na segunda metade de 2012, o cereal gaúcho se aproximou de R$ 40,00 por saca, ficando em torno de 65% acima se comparado com mesmo período do ano anterior, em 2011”, lembra Aquiles.

Com o favorecimento de um clima com precipitações, a produção também teve acréscimo, porém menor do que o esperado, ficando com alta de 3,2%, passando de 7,7 milhões em 2011/12 para 7,950 milhões em 2012/13. “Com a expectativa de aumento de oferta, os preços tiveram depreciação no primeiro trimestre do ano, voltando a patamares próximos a R$ 30,00 por saca no começo de abril”, pondera o analista. E, a partir deste momento, voltou a ter elevação, mesmo com o momento de colheita e entrada do produto via importações.

O cenário de excesso de oferta no primeiro trimestre de 2013 contribuía para a balança comercial, que apresentava superávit de 9.534 toneladas. Contudo, em abril e maio as importações superaram consideravelmente as vendas externas, acumulando déficit de 100.503 toneladas, impactando nos preços que voltaram a recuar e corrigiram a alta expressiva observada anteriormente.

De janeiro a maio, foram exportadas ao todo 412.383 toneladas, contra 512.885 toneladas adquiridas no mesmo período. Levando em consideração apenas o mês de maio, foram exportadas 41.323 toneladas, contra 114.154 toneladas adquiridas, apontando déficit de 72.831 toneladas. “Este aumento brusco dos preços internos pode ter forçado as aquisições num período em que normalmente a cotação recua no mercado brasileiro, dando margem para a entrada de produto basicamente do Mercosul”, frisa Aquiles.

Em relação à cotação do cereal em casca no estado, a média atual gira em torno de R$ 33,20 por saca de 50 quilos, ficando 5,9% abaixo do valor do início do ano, quando estava a R$ 35,30 por saca. Contudo, se comparado com o valor pago há um mês, que era de R$ 32,88, existe alta de 1%. E, ante a média de igual momento do ano passado, quando estava a R$ 28,62, o acréscimo é expressivo de 16%.

Para as próximas semanas, o preço pago pelo grão em casca deverá se manter firme, ainda mais que o período de entressafra ganha força e a oferta deverá recuar um pouco. “Mas sempre lembrando que existe possibilidade de entrada de produto oriundo do Mercosul, podendo conter uma alta mais expressiva, ainda mais que os preços internacionais apresentam leve queda nas últimas semanas”, completa Aquiles.

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