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19/06/2013 - 09:22

Artista plástico Zê Vasconcellos expõe suas obras na Feicorte

Zê Vasconcellos, com escultura de São Jorge de mais de três metros de altura, pretende ir esta semana para o Rio de Janeiro, de olho na Copa das Confederações.

Entre as várias atrações da Feicorte – Feira Internacional da cadeia Produtiva da Carne - está a exposição do artista plástico Zê Vasconcellos, de 17 a 21 de junho (segunda a sexta-feira). Ecologicamente correto, o artista plástico transforma o lixo em obras de arte. A maioria das esculturas, feitas em aço inoxidável e ferro reciclado, chamam a atenção pelo tamanho. A riqueza de detalhes também impressiona, mas a característica principal das obras é o movimento.

A paixão do artista é retratar cavalos, porém é possível encontrar obras relacionadas à dança e esporte, por exemplo.

No total são oito esculturas expostas na Feicorte. Entre as grandes está a “Nelore”, com 1,9 m de comprimento e 1,6 m de largura e cerca de 180 kg, que retrata uma raça de gado bovino, proveniente da Índia e muito valorizada aqui no Brasil. Já o cavalo é representado na escultura da raça “Quarto de milha”. A obra tem 2,7m comprimento por 1,7m de altura e pesa por volta de 180 kg. Também estará exposta a obra “Jogador de Polo”, composta pelo atleta e animal, que mede, com o taco, cerca de 2,8 m altura por 2,6 m de comprimento, e tem 250 kg. Esta escultura é feita de ferro. Já a “Hipismo” mede 2,70m por 3,0 e também tem cerca de 250 kg.

Entre as menores, com até 65 cm de altura, “Bailarina”, “Prova do tambor”, “Vaquejada” e “Jockey”.

No processo entra todo tipo de metal reciclado. "Gosto de usar coisas que as pessoas possam reconhecer como coroas de motos, catracas de bicicleta, tubos de serpentina, moedas antigas, correias industriais, ferraduras, parafusos, restos de chapas de metal, por exemplo", conta Vasconcellos.

Copa das Confederações -Paralela à Feicorte, o artista plástico quer marcar presença também na Copa das Confederações. Para a ocasião, acabou de finalizar um São Jorge feito em aço inoxidável reciclado, que tem 3,3 m de altura por 4,7 de largura e cerca de 800 kg. Esta semana Zê Vasconcellos pretende ir ao Rio de Janeiro, cidade muito devota de São Jorge, com a escultura em uma carreta, em uma espécie de exposição itinerante. "São Jorge fala muito aos cariocas. Então pensei em aproveitar a movimentação no Rio de Janeiro por conta da Copa das Confederações para mostrar meu trabalho e ao mesmo tempo fazer uma homenagem à cidade sede, que também abrigará outros grandes eventos mundiais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas”, diz Vasconcellos, que pretende participar de todos..

O artista deve ficar até dia 30 de junho, quando acontece a final da Copa das Confederações, na cidade carioca. A ideia é circular com a escultura por Xerém, terra de Zeca Pagodinho, um devoto declarado do santo guerreiro; pela Barra da Tijuca e nas proximidades do Maracanã.

A escultura é formada pelo cavalo empinando, Jorge em cima do animal se equilibrando e lutando com o furioso dragão. Com um olhar mais atento, entre o aço inoxidável é possível encontrar outros materiais, encontrados em sucateiros ou presenteados por pessoas que sabem que o artista as utiliza. Partes como a cabeça, as patas, as costas e a cauda do dragão foram feitas com cerca de 1500 escamas de aço recortado e também moedas antigas, colocadas uma a uma. Já para dar ideia de articulação, o artista utilizou coroas de motos. E, a tela ganha movimento nas asas do dragão.

Zê Vasconcellos fez uma interpretação diferente da imagem original e deu um toque todo pessoal: uma das perigosas pontas das asas do dragão está bem próxima ao cavalo e não o perfura. “A ideia é do cavalo também ter o corpo fechado, que não pode ser ferido”, explica.

Zê Vasconcellos-Atual morador de Campinas, o artista plástico nasceu em Guaxupé, Minas Gerais, e morou na França.

Começou a carreira com microesculturas em giz, atividade que desenvolveu por muito tempo. Entre 2005 e 2006 foi para Paris, onde ficou por quase dois anos. Lá definiu o nome artístico. "Era Zé, mas na França, o acento agudo tem som fechado. Para me chamarem de Zé, adotei o acento circunflexo, que lá tem o som aberto. Quando voltei, optei por manter o circunflexo".

De volta ao Brasil trabalhou com argila. Mas, foi com o metal e a solda que o artista se encontrou criando obras de grandes proporções. "Comecei a fazer peças grandes, usando material reciclado e muito parafuso", diz. "Fui do muito pequeno ao muito grande, do material mais frágil ao mais duro", completa.

O artista acumula participação em vários salões de arte de São Paulo, Campinas, Minas Gerais, Itália e França. Além de exposições em hípicas e eventos como Feicorte e rodeio de Barretos, o maior do Brasil. [www.zevasconcellos.com.br].

.[19ª Feicorte, de 17 a 21 de junho (segunda a sexta-feira),das 9h às 20h, no Centro de Exposições Imigrantes, km 1,5 Rodovia dos Imigrantes, São Paulo (SP).Entrada gratuita].

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