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20/06/2013 - 08:36

Febraban promove lançamento de estudo inédito sobre impacto das mudanças climáticas nas finanças

O estudo “Carbono Intocável: a bolha de carbono vai pegar o Brasil?” foi realizado pelo think-thank internacional Carbon Tracker e a consultoria brasileira Sitawi Finanças do Bem.

Nas próximas décadas entre 60% a 80% das reservas de carvão, petróleo e gás no mundo não poderão ser queimadas para atender à demanda de limitar o aquecimento global. Esta constatação cria um problema para o mercado financeiro e de capitais, pois estes ativos “encalhados” desperdiçam capital e trazem riscos aos investimentos e prejuízos para empresas, investidores e reguladores. O Brasil, neste contexto está em situação favorável. Este foi o tema da discussão do 33º Café com Sustentabilidade, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) hoje, juntamente com a Carbon Tracker, instituição internacional cujo objetivo é estimular o alinhamento dos mercados de capitais aos objetivos das políticas climáticas, e a consultoria Sitawi Finanças do Bem, responsável pelo estudo no Brasil.

O Café com Sustentabilidade, evento promovido pela Febraban desde 2007 – teve como palestrantes Mark Campanale, fundador e diretor do Carbon Tracker, Gustavo Pimentel, diretor da Sitawi e Luke Sussams, pesquisador sênior do Carbon Tracker.

“Temos de discutir como os bancos e instituições financeiras podem transformar a forma de atuação por um mundo mais sustentável e melhor para se viver”, afirmou Mário Sérgio Fernandes de Vasconcelos, diretor de Relações Institucionais da Febraban.

Uma das questões levantadas pelo estudo é que os investidores que aplicam seus recursos em empresas e ativos de carvão, petróleo e gás não estão se dando conta dos riscos inerentes a estas reservas não queimadas. Pois, segundo Campanale, estes “ativos encalhados”, reservas de combustíveis fosséis que não poderão ser utilizados tendo em vista as restrições impostas pelo controle de emissões de CO2 podem se tornar uma bolha financeira e trazer prejuízos aos aplicadores. “A grande lição mostrada pela crise de 2008 é que não temos um sistema que demonstre onde realmente estão os riscos de nossas carteiras. Se não entendermos estes novos riscos, não vamos entender nossos clientes”, afirmou o diretor do Carbon Tracker.

Segundo Luke Sussams, as reservas de combustíveis fósseis das 20 maiores empresas listadas nas bolsas de valores ao redor do mundo ocupam mais de 90% do orçamento pessimista para emissão de dióxido de carbono que mostra que em 2027 o clima vai aumentar 2 graus no mundo. “As reservas potenciais de combustíveis fósseis das 20 maiores empresas listadas são mais do que o orçamento otimista para dois graus”, afirmou Sussams.

A bolha vai pegar o Brasil? Neste contexto, o Brasil estaria numa situação melhor pois 46% de sua base energética é de energia renovável e também porque tem maior concentração em petróleo do que em carvão. No entanto, segundo Gustavo Pimentel, o pré-sal é um divisor de águas que pode modificar este cenário já que, com esta produção, o País vai ser responsável por entre 4% a 6% das reservas mundiais de óleo.

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