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22/06/2013 - 07:37

O brasileiro ainda está longe da independência financeira

As mudanças nas regras para o rendimento da poupança completaram um ano e a rentabilidade mostrou-se comprometida, ficando abaixo da inflação. Isso significa que para aqueles que deixaram seu dinheiro investido na caderneta de poupança, não só estagnaram o seu patrimônio, como também não conseguiram manter o mesmo padrão de vida.

O rendimento da poupança em relação ao IPCA (índice que mede a inflação oficial do país) vem sofrendo uma grande oscilação em um período inferior há um ano. De setembro de 2012 a abril de 2013, a perda foi em torno de 0,10% por mês. Em maio, ocorreu uma pequena recuperação, mas ainda muito tímida. O rendimento da poupança fechou em apenas 0,05% acima da inflação.

Isso reflete uma triste realidade do brasileiro, que ainda não sabe investir e dificilmente alcançará sua independência financeira.

Mesmo com a rentabilidade comprometida, o volume de depósitos ainda surpreende. Nos primeiros cinco meses do ano, a captação liquida da poupança foi de R$ 18,822 bilhões. Somente em maio os depósitos superaram os saques em R$ 5,625 bilhões.

Isso leva-me há um questionamento: “Por que grande parte dos brasileiros ainda insiste em colocar seus rendimentos em uma aplicação que não proporciona um retorno satisfatório e sequer permite a manutenção do padrão de vida?”

A antiga poupança utiliza-se da aura de segurança e de garantias como a isenção do imposto de renda e a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) em caso de intervenção bancária. Nesse último caso, ainda existe o fator do aumento do limite do FGC para R$ 250 mil.

Os investidores acabam procurando a poupança em busca de segurança, para evitar a perda de capital. Para não perderem dinheiro, acabam se afastando da diversificação dos investimentos, como por exemplo, o investimento na Bolsa de Valores. O risco e a oscilação do mercado são sempre apontados como motivo de rejeição.

Para aqueles que não querem correr risco e não desejam ver seu poder de compra reduzido, a poupança também se mostra como um instrumento financeiro ineficiente. Afinal, apesar de não apresentar riscos, ela não potencializa o dinheiro guardado.

Se a inflação se reflete em tudo o que é consumido, é de se esperar que um investimento seja capaz de repor essa alta nos custos de vida. E a poupança não está conseguindo esse retorno.

O caminho mais seguro para combater essa perda e potencializar o patrimônio é conhecer novas alternativas de investimento de forma a vencer a inflação que está elevada. Isso requer apenas informação e orientação adequadas.

.Por: Mauro Calil, palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros “Separe uma verba para ser feliz” e “A receita do bolo”.

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