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27/06/2013 - 07:30

Brasil desenvolve tecnologia para monitorar parques aquícolas

O ministro Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura, estará no dia 27 de junho (quinta-feira), às 9h40, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, cidade do Vale do Paraíba, a 98 quilômetros de São Paulo, para conhecer o Sistema Integrado de Monitoramento Ambiental (SIMA), a ser adotado a partir de julho deste ano no reservatório de Furnas, no sul de Minas Gerais.

A iniciativa permitirá estabelecer um modelo de monitoramento e avaliação de impactos na criação de peixes em tanques-rede em reservatórios públicos. Além disso, contribuirá para a realização de Boas Práticas de Manejo (BPM) e para a gestão produtiva e ambiental de parques aquícolas.

Desenvolvido com tecnologia nacional, o sistema envolve seis sondas para o monitoramento da qualidade da água em quatro braços do reservatório de Furnas, onde ocorre a criação de pescado.

No futuro, o sistema poderá ser adotado em todos os parques aquícolas existentes ou a serem implantados no Brasil.

“Este sistema tem enorme importância para a aquicultura nacional, já que permitirá o monitoramento ambiental contínuo e viabilizará a proposição do Ministério de dispensar de licenciamento ambiental os parques aquícolas implantados em até 0,5% da lâmina d’água dos reservatórios”, recorda Maria Fernanda Nince Ferreira, secretária de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura do MPA.

Atualmente o Brasil conta com aproximadamente 200 grandes reservatórios que podem ser utilizados para a produção de pescado em gaiolas (tanques-rede). Caso sejam aproveitados para a atividade, eles podem tornar o País um dos maiores produtores de peixe do mundo.

Rede de Monitoramento -Para Celso Manzatto, chefe da Embrapa Meio Ambiente, o trabalho em Furnas é um passo importante para a criação de uma rede nacional de monitoramento de parques aquícolas. A coordenadora e pesquisadora desta unidade da Embrapa, Fernanda Sampaio, explica que Furnas receberá uma sonda maior (Sima) – já desenvolvida pelo INPE há mais de 15 anos, para monitoramento ambiental, capaz de transmitir dados via satélite – e ainda cinco sondas menores, especialmente desenvolvidas para o monitoramento de parâmetros de interesse da aquicultura, batizadas de SIMA Aquicultura. Elas serão imersas, a partir de plataformas flutuantes, nas águas dos parques aquícolas de Guapé 1 e 2, no município mineiro de Guapé.

As sondas menores são capazes de registrar parâmetros da qualidade da água como PH, oxigênio dissolvido, temperatura em 15 profundidades, condutividade e turbidez. A maior, além destes parâmetros, verifica a radiação solar, a pressão atmosférica, a umidade relativa do ar e a direção e magnitude dos ventos. Os trabalhos indicarão se as sondas menores, mais baratas, serão suficientes para atender a demandas da aquicultura.

Segundo Fernanda Sampaio, as sondas mostrarão não apenas a influência da aquicultura no meio ambiente como também a de outras atividades produtivas na região, como a agricultura. As sondas também prometem se transformar em uma ferramenta de gestão para os aquicultores. “A detecção de uma corrente de ar frio, por exemplo, pode indicar aos produtores que não será necessário dar ração no momento aos peixes, porque com a temperatura da água mais baixa eles deixam o alimento de lado”, explica. No projeto, o MPA está investindo recursos da ordem de R$ 1,4 milhão e a Embrapa uma contrapartida de R$ 400 mil.

Parcerias-Na solenidade no INPE, que inclui palestras e visitas, estarão presentes, entre outros, Maria Fernanda Nince Ferreira, secretária de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura do MPA; Aline Brun, diretora do Departamento de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura em Águas da União do MPA, Ladislau Martins Neto, diretor Executivo de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa; Roberto Cavalcante, Secretário de Biodiversidade e Floresta do MMA; Celso Vainer Manzatto, chefe geral da Embrapa Meio Ambiente; Marcelo Marandi; chefe de Pesquisa da Embrapa Meio Ambiente, e os pesquisadores João Scorvo e Célia Scorvo, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA).

O projeto SIMA tem a colaboração de diversas instituições parceiras, como Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Centro Universitário da Fundação de Ensino Otávio Bastos (Unifeob), Faculdade de Jaguariúna (FAJ), Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC), Universidades Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e Instituto Brasileiro de Veterinária.

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