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27/06/2013 - 08:15

Madeira laminada colada, o futuro bate à porta da construção.


Presente nos mais importantes eventos internacionais no setor de madeira para construção, a Montana Química destaca avanços tecnológicos e o que vem por aí no setor.

Do inglês, Cross Laminated Timber (CLT), é uma nova geração de produtos de madeiras que ganhou força a partir do final dos anos 90 seguindo o movimento emergente de construção verde na Europa. O CLT (madeira laminada cruzada) oferece uma forte combinação de desempenho ambiental e de sustentabilidade, flexibilidade de design, custo-competitividade e integridade estrutural.

Os painéis de CLT são constituidos com várias camadas de peças de madeira colocadas umas nas outras transversalmente (tipicamente a 90 graus) e coladas nas faces do maior comprimento e, às vezes, nas faces mais estreitas. Uma seção transversal de um elemento de CLT tem pelo menos três camadas coladas de placas colocadas em orientação alternada perpendicularmente às camadas vizinhas.

Permite uma produção em série de grandes estruturas fortes e duráveis para construção civil. CLT foi uma espécie de “bola da vez” durante o encontro internacional acompanhado pela Montana nos Estados Unidos. Todos os anos a empresa acompanha o que há de mais avançado em todo o mundo no campo da tecnologia para utilização da madeira tratada. Este ano, a iniciativa foi diferente. No período de 9 a 11 de junho, duas entidades de ponta no setor madeireiro internacional realizaram um evento conjunto em Austin, Texas, Estados Unidos, para apresentar e debater produtos e processos inovadores para construção em madeira. Uma das entidades é a Forest Products Society (FPS), da qual a Montana é membro na América do Sul, a outra, a Society of Wood Science and Technology (SWST). O profissional enviado pela Montana Química ao evento foi seu diretor técnico, Dulcídio Ramires Macedo.

Dulcídio Ramires Macedo, diretor técnico da Montana Química

Segundo Macedo, trata-se de entidades sem fins lucrativos que têm por objetivo difundir o conhecimento tecnológico atualizado sobre madeira e estabelecer uma rede de informações. “A FPS foi criada em 1947 com foco em desenvolvimento profissional, gestão industrial, marketing, engenharia, consultoria e ações de governos no setor madeireiro-industrial. Para alcançar suas metas promove conferências, como esta em conjunto com a SWST, publica livros técnicos e o periódico especializado Forest Products Journal”, explica o executivo. O evento realizado em Austin/Texas reuniu cerca de 400 pessoas entre doutores, professores, empresas de consultorias, instituições governamentais, indústrias e estudantes e mais de 100 trabalhos foram apresentados em palestras, pôsteres e os chamados “suppliers' showcase”, em que fornecedores expõem seus produtos e serviços em pequenos espaços.

Os temas do encontro foram bastante variados. “Além de preservação de madeira, foram apresentados adesivos, marketing sobre novos usos, biomassa, LCA, estruturas diversas em CLT que vêm ganhando força nos Estados Unidos, e já marcam forte presença nos mercados europeu e canadense. Em 2016 a SWST deverá promover um encontro técnico no Rio de Janeiro, conjuntamente com a IUFRO (International Union of Forest Research Organizations)”, informa Dulcidio. O foco deste evento é mais amplo, inclui orientações para pequenos produtores florestais organizarem e legalizarem sua produção. “O estudo destas entidades sobre a atividade florestal vai de ponta a ponta, começa no cultivo, passa pelas atividades econômicas como a construção civil, a geração de energia, até o seu uso final”. Fazendo uma análise de ciclo de vida (LCA) observamos uma ampla vantagem da madeira em comparação com outros materiais construtivos. Há casos exemplares nos Estados Unidos de contribuição da matéria-prima para diminuir passivos ambientais. Utilizando restos de madeira, dentre eles a madeira de demolição, uma usina em Seattle diminuiu em 40% a sua queima de carvão mineral.

Conhecimento e competitividade – Macedo trouxe na bagagem algumas peças valiosas que, aos poucos, serão compartilhadas com profissionais técnicos e parceiros da Montana. É conhecimento sobre tecnologia de madeira recém-saído do forno. Basicamente, são três livros que abordam aspectos da preservação de madeira, tecnologia de CLT e biomassa. “No Brasil também vai chegar a hora de normalizar e produzir CLT com qualidade, para sermos competitivos no mercado madeireiro diante do desafio proposto por grandes globais 'players' como USA, Rússia e China”, destaca o profissional.

São as seguintes obras: “CLT Handbook – Cross Laminated Timber”, editado por Karacabeyli, F. & Douglas, B., de 2013. “Managing Treated Wood in Aquatic Environments”, editado por Morell, J.F. e outros, 2013. “Woody Biomassa Utilization”, da FPS International Conference on Woody Biomass Utilization, Starkville, 2009.

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