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28/06/2013 - 08:19

Cenário em 2020 e qualidade marcam simpósio de combustíveis da AEA

“Com o Inovar Auto, as especificações e a qualidade dos combustíveis são fatores cruciais para atingirmos as metas de eficiência energética. Outro fator importante é como o setor de combustíveis tem evoluído para abastecer nossa frota até 2020”, disse Sidney Oliveira Junior, vice-presidente da AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, na abertura que marcou o início das palestras do VI Simpósio de Combustíveis, sob o macrotema "Qualidade: a Sustentabilidade dos Combustíveis, da Produção ao Consumidor".

O evento, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), aconteceu na terça-feira[25 de junho], no Milenium Centro de Convenções, em São Paulo (SP) e reuniu cerca de 200 participantes, entre técnicos, executivos e empresários brasileiros e estrangeiros.

A palestra de abertura do simpósio contou com a participação de Jack Burgazli, Ph.D em química orgânica, palestrante internacional da Innospec, que falou sobre “Ultra-Low Sulfur Diesel: implications for fuel distributors and end users”.

O painel Diesel/Biodiesel teve início com a palestra “Diesel e Biocombustíveis: Experiências 2006-2013”, por Marco Garcia, gestor da Área de Operação de Laboratório de Veículos da Scania. Para ele, o mercado criou um vasto campo de oportunidades, pois apesar dos combustíveis terem diferentes comportamentos, todos podem ser usados levando em consideração o preço do combustível x custo de unidade parada x manutenção, legislações e emissões.

A importância do estudo do comportamento do biodiesel puro (B100) e da mistura B5 comercializados, monitorando-se a sua qualidade desde a estocagem de origem na produção até o consumidor final foi o tema principal da palestra “Qualidade do biodiesel”, ministrada por Eduardo Cavalcante, do Instituto Nacional de Tecnologia. Nesse caso há a necessidade fundamental de analisar características físicas e químicas, como aspecto, massa específica e viscosidade cinemática, teor de água e estabilidade à oxidação.

“A contaminação microbiana também é um dos desafios para todos os elos da cadeia logística e que devemos cada vez mais disseminar as boas práticas, pois com a simples eliminação da água dos fundos dos tanques de armazenamento, não acontece a proliferação microbiana”,informou Fátima Bento, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em palestra “Mudanças no diesel brasileiro afetaram a contaminação por microrganismos?”.

Já Roberta Teixeira, coordenadora do Centro de Tecnologia Aplicada e da Qualidade da Ipiranga Produtos de Petróleo, em apresentação “O impacto da introdução do Diesel S10 nas propriedades de mistura BX” mostrou algumas especificações do Diesel S10, como menor tendência à incorporação de água, sofrendo menor impacto com a adição do biodiesel; maior facilidade de separação de água quando em repouso, e isto requer maior atenção na drenagem durante o seu armazenamento; melhores propriedades a baixas temperaturas, mesmo sofrendo impacto considerável com a adição de biodiesel e melhor comportamento em filtrabilidade, já que neste caso sofre menor impacto com a adição de biodiesel.

Ao término do Painel Diesel/Biodiesel, o público pôde interagir com os palestrantes por meio de um debate conduzido por Sérgio Viscardi, gerente técnico da Ipiranga e membro da comissão organizadora da AEA.

O Painel Abastecimento teve início com a palestra “Perspectivas do abastecimento para o ciclo Otto até 2020: O papel do etanol”, por Marlon Arraes Jardim Leal, coordenador-geral do Departamento de Combustíveis Renováveis Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis. Leal comentou sobre os benefícios inegáveis do etanol do ponto de vista ambiental e econômico. “O governo trabalha por determinado cenário do etanol, o preço da gasolina permite ao etanol ter sua maior participação e ainda existe uma perspectiva do aumento do consumo do etanol até 2020 que projeta necessidade de quase triplicar a sua produção em relação aos atuais volumes para substituir todo o incremento esperado de demanda”, afirmou o coordenador geral.

O gerente executivo de Marketing e Comercialização da Petrobrás, José Raimundo Pereira, marcou presença no evento da entidade e debateu o tema “Perspectivas abastecimento gasolina/diesel até 2020”. Para ele, atualmente não só o preço influi na escolha do combustível para o consumidor. “O mercado de gasolina sofre forte influência do balanço de etanol, que produz impactos relevantes mesmo em pequenas variações. A competitividade do etanol sobre a gasolina é maior nas regiões mais próximas a produção, onde se verificam nos preços das bombas”, diz.

Ainda de acordo com Pereira, o atual contexto para o segmento de combustíveis no país é desafiador, pois há a necessidade de atender ao forte crescimento de demanda, com qualidade crescente e num cenário de restrição de capital.

A introdução de um canal direto com a Diretoria de Abastecimento da Petrobrás e interação com a ANP permitiriam segurança operacional do abastecimento e na logística com a introdução do S10.

O presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, comentou em palestra “Logística de abastecimento Diesel S10” a evolução do combustível, que ocorreu sem problemas logísticos relevantes, cujo desafio hoje é reduzir os custos de transferência entre bases até 2013. Hoje, o transporte é feito exclusivamente pelos sistemas rodoviário e hidroviário. Já por meio de ferrovias está em fase de testes.

Em “Aditivação total da gasolina”, Cristiane Monteiro, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), informou sobre os benefícios da aditivação da gasolina ao meio ambiente e à saúde humana e a importância de se estabelecer regras para a adição dos detergentes dispersantes à gasolina.

A última palestra do simpósio foi conduzida por Maxim Peretrolchin, da BASF, com o tema “Aditivos para motores com injeção direta”, com o encerramento de Sergio Viscardi, um dos coordenadores do VI Simpósio de Combustíveis.

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