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29/06/2013 - 07:23

Evite a comunhão de problemas e das dívidas

A ideia de união matrimonial é inerente ao ser humano. Claro que alguns acabam mudando de ideia no caminho, mas a maioria acaba sendo conquistada pelo casamento. Isso é um processo natural da nossa sociedade.

Mesmo com toda a alegria e comprometimento que envolve uma união, devemos ter em mente que muitos aspectos estão envolvidos, incluindo o financeiro. Afinal, decidimos deixar nossa condição de solteiro, saímos da casa dos pais, onde normalmente não se tem o compromisso de pagar pelas despesas, e temos pela frente novas responsabilidades. Nessa mudança toda, podemos incluir comprar um imóvel ou veículo com o cônjuge, ter a conta bancária conjunta e dividir as despesas comuns da nova vida.

Essa nova fase realmente merece muitos cuidados. E não falo somente de planejar as contas, dividir os gastos e ter objetivos comuns. O que acredito ser importante e que muitos não se dão conta é que grande parte do patrimônio é formada após o casamento.

Até mesmo por uma questão de romantismo, esquecemos de que o nosso sistema financeiro e legal se aproveita legalmente da nova condição civil para a cobrança de dívidas e isso pode acabar estimulando a infidelidade financeira.

Nesse contexto, o regime de separação de bens pode acabar tendo um papel financeiro maior do que imaginamos. Ele pode deixar de ser uma simples formalidade e ser um instrumento de proteção patrimonial a favor do casal, contra instituições ou credores que possam vir a executar algum tipo de dívida baseada no seu novo estado civil.

É muito comum que, em algum momento da vida, seja de solteiro ou de casado, acabamos adquirindo bens por meio de um financiamento. Também não estamos isentos de em algum ponto não conseguirmos honrar esse compromisso. E por uma questão de ética e de respeito não devemos levar essa dívida para o nosso cônjuge.

Como já mencionei, geralmente após o casamento, temos novos compromissos financeiros, mas por outro lado, muitos já alcançaram a maturidade profissional e salarial e os sonhos de consumo costumam acompanhar esse progresso também. Além disso, os desejos em parceria também costumam mudar a direção pelo meio do caminho.

Mas do ponto de vista financeiro e legal é importante que o casal esteja atento para a valorização do patrimônio e dos mecanismos legais existentes que protejam toda a família. Cabe ao casal consultar um profissional para avaliar qual o regime melhor protegerá o patrimônio e para evitar que os sonhos não sejam desfeitos pelo caminho.

Um conselho que sempre vale é que, além da divisão das contas na nova rotina, o casal também se preocupe com a proteção do que irá adquirir futuramente. De forma alguma isso deve ser visto como um ato egoísta ou falta de confiança entre os cônjuges. Esses cuidados vão muito além do planejamento financeiro. Além de colocar as contas em comum, isso aumenta a confiança e a transparência.

Na verdade, serão os pequenos detalhes que farão a diferença na vida a dois.

.Por: Mauro Calil, palestrante, educador financeiro, fundador da Academia do Dinheiro, e autor dos livros "Separe uma verba para ser feliz" e "A receita do bolo.

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