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29/06/2013 - 07:23

As manifestações reais e a necessidade de ações digitais

O conceito de rede social, que há pouco tempo parecia ser ou uma febre de momento ou uma forma de comunicação para grupos restritos de pessoas, transformou o hábito de como a população em geral, principalmente os jovens, se comunicam. Mais do que isso, aos poucos a internet muda a maneira como as pessoas expressam suas vontades, anseios e reivindicações. As recentes manifestações ocorridas em São Paulo e em algumas cidades pelo país e organizadas nas redes sociais são exemplos cabais desta mudança.

O fato é que as redes sociais são, atualmente, o que as praças eram para nossos pais e avós e a ágora para os gregos, ou seja, um local de congraçamento, de troca de informações e, por fim, de mobilização. Vozes outrora caladas, que não sabiam onde ou como manifestarem-se, enxergaram nas redes o instrumento para, além de pontuarem suas opiniões, encontrarem eco junto a outras pessoas.

A capilaridade desta plataforma supera qualquer meio de comunicação. Foi ela que levou tunisianos e egípcios às ruas para derrubar governos despóticos e que está sendo usada como agenda ou ponto de encontro dos jovens que protestam contra a tarifa de ônibus, a realização da Copa e outras tantas reivindicações que estavam presas na garganta. Graças à internet, qualquer usuário pode se colocar como sujeito político e protagonista social, abandonando o passivo papel de mero espectador.

Diante de tamanha amplificação nas vozes, é preciso que governo e empresas estejam preparados para se adequar a esta mudança de hábito. Quanto antes perceberem o impacto e as transformações que não apenas as redes sociais, mas a tecnologia em geral, estão trazendo ao cotidiano dos cidadãos, mais rápido se darão conta da relevância que as tecnologias emergentes têm na orientação dos seus negócios futuros.

Mesmo quando estavam dentro de seus “quartos-bolhas”, que os isolavam do mundo real em seus computadores, a voz dos jovens tinha força capaz de colocar uma empresa em situação de crise. Agora, que ao que tudo indica a bolha foi estourada e os jovens redescobriram as ruas, e que a ressonância dessas vozes foi amplificada sobremaneira, governo e empresas devem se inteirar desta nova realidade e criarem meios de se relacionarem eficientemente com este público.

O resultado desta “primavera no inverno brasileiro” é incerto, podendo os jovens se cansarem e voltarem a protestar de dentro de suas bolhas. Porém, a lembrança de força e capacidade de mobilização devem permanecer gravadas nas cabeças de muitos políticos, e é certo que as declarações oficiais emitidas até aqui no arcaico papel timbrado devem ceder lugar para uma ação mais digital por parte das autoridades e que empreendedores possam tomar estas ações como exemplo para também se adequarem a esta nova era.

.Por: Marcos Sakamoto, presidente da Assespro-SP | Perfil-A Assespro é uma associação empresarial que congrega as empresas de TIC (Tecnologia de Informação e Comunicação) e tem como objetivo ser a interlocutora do setor na busca e defesa de seus interesses diante do mercado e das autoridades. A Assespro-SP é a regional da entidade no Estado de São Paulo. |www.assespro-sp.org.br.

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