Importações fluminenses somam maior valor desde 1996: US$ 2,2 bilhões, aponta Firjan

Com recorde de compras de combustíveis e lubrificantes, balança comercial fluminense fechou em déficit de US$ 379 milhões em maio. Destaque positivo foi a indústria Metalúrgica.

A balança comercial do estado do Rio fechou em déficit de US$ 379 milhões em maio. As exportações fluminenses movimentaram US$ 1,9 bilhão, queda de 20% em comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto as importações registraram alta de 20%, com US$ 2,2 bilhões em compras, o maior valor desde 1996. É o que revela a nova edição do boletim Rio Exporta, da Firjan, com dados de maio e do acumulado do ano.

As importações fluminenses avançaram em maior ritmo do que a média nacional (alta de 4%) em maio, devido principalmente a compras recordes de combustíveis e lubrificantes, que somaram US$ 913 milhões, aumento de 56%. Para se ter uma ideia, só as importações de óleos brutos de petróleo somaram US$ 590 milhões.

Apesar de a balança comercial ter fechado no negativo, as exportações da indústria Metalúrgica tiveram seu melhor desempenho do ano em maio, com aumento de 13% e movimentação de US$ 303 milhões. O bom resultado deveu-se principalmente a vendas de produtos metalúrgicos para a Holanda.

A indústria de Material de transporte também se destacou, com exportações que atingiram US$ 101 milhões, alta de 51% em relação a maio de 2012. As vendas de automóveis registraram US$ 83 milhões, sendo US$ 68 milhões só para a Argentina.

De janeiro a maio deste ano, as exportações fluminenses de manufaturados, impulsionadas pelas vendas da indústria de Material de transporte e Metalúrgica, avançaram 5%, com vendas que somaram US$ 2,8 bilhões, na contramão do desempenho nacional (baixa de 5%).

No desempenho geral, as exportações do estado caíram 36% no acumulado do ano, com vendas de US$ 8,3 bilhões, resultado motivado pela redução nas vendas externas de petróleo, principal produto da pauta, cujas exportações somaram US$ 4,2 bilhões.

Já as importações fluminenses avançaram 27% nos primeiros cinco meses do ano, acima da média nacional (que registrou alta de 8%). De janeiro a maio, as compras externas de combustíveis e lubrificantes avançaram 80%, com movimentação de US$ 3,2 bilhões, refletindo principalmente a demanda interna.

Destaque para o aumento de 189% nas importações de GNL (Gás Natural Liquefeito), produto utilizado para abastecer as usinas termoelétricas, que acumulou US$ 1,2 bilhão em compras de janeiro a maio deste ano.

Principal destino das exportações fluminenses, os Estados Unidos comparam 30% a menos em maio, em comparação com o mesmo mês no ano passado, enquanto a China reduziu suas compras em 41%. Nas importações, a Arábia Saudita foi a principal origem das compras feitas pelo estado do Rio em maio, principalmente devido às importações de petróleo e gás natural do país, que somam US$ 440 milhões, um aumento de 77%.

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