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11/07/2013 - 10:47

Nódulo na tireoide: o que é e como tratar?

A tireoide é uma glândula localizada na região do pescoço, responsável por produzir os hormônios tiroxina (também chamado de tetraiodotironina) e tri-iodotironina. Ambos auxiliam na manutenção da pressão sanguínea, do ritmo cardíaco, do tônus muscular e das funções sexuais.

No entanto, em algum exame de rotina, é possível identificar pequenos caroços nesta região, os chamados nódulos tireoidianos, formações nodulares na tireoide, que precisam ser avaliadas e acompanhadas por especialistas (endocrinologistas). Atualmente, são muito comuns e estima-se que cerca de 7% das pessoas tem algum nódulo palpável na tireoide. Quando se avalia o percentual que pode ser visualizado pelo USG (ultrassom), este número chega de 20-76%.

As pessoas mais predispostas a terem nódulos tireoidianos são os idosos, as mulheres e pacientes que tenham hipotiroidismo por tiroidite de Hashimoto. Regiões com carência de iodo e história de exposição prévia à radiação também aumentariam a formação de nódulos.

Embora ainda não se conheça todos os mecanismos que levam à formação dos nódulos, as principais causas seriam bócio colóide (células normais da tireoide), cistos simples, tireoidites (inflamação na glândula levando à formação de nódulos) e neoplasias. Algumas características necessitam de uma cautela maior: nódulo com crescimento muito rápido, história de irradiação (radioterapia) prévia na região cervical (pescoço) e rouquidão súbita.

Vale frisar que o nódulo é uma alteração de “estrutura”, não influencia na função da tireoide. Algumas pessoas fazem certa confusão com isto, questionando como podem ter nódulo se o exame de sangue nunca acusou nada. Embora indivíduos com hipotiroidismo tenham maior chance de ter nódulo, a maioria das pessoas com nódulos tem função da tireoide normal. Não há indicação de medicamento para nódulo tireoidiano, a não ser que o paciente também apresente hipotiroidismo (tireoide lenta). Nestes casos, há diminuição do nódulo com o tratamento e normalização do TSH (hormônio que estimula a tireoide). Mas não há evidência científica para prescrição de medicação para indivíduos que não tenham alteração da função da glândula.

A grande maioria dos nódulos não precisa ser puncionada, mas requer acompanhamento semestral ou anual com imagem. Atualmente, seguimos algumas diretrizes internacionais e nacionais (SBEM-Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) para se indicar ou não a punção. Embora a menor parte dos nódulos (5-10%) seja por neoplasia (câncer de tireoide), a avaliação e o seguimento especializado são fundamentais.

.Por: Dra Claudia Chang, doutoranda em Endocrinologia pela USP e Coordenadora e Professora de Pós-Graduação em Endocrinologia pelo ISMD – Instituto Superior de Medicina – (CRM 110155).

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