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14/11/2007 - 10:10

Na Europa e EUA, 70% das empresas usam a web para reservas de viagens

Estudo de faculdade britânica mostra redução média de 9,1% nos custos somente com passagens. Aéreas.

O uso da internet no planejamento de viagens corporativas começou de um jeito tímido no Brasil, mas a perspectiva é de crescimento rápido, seguindo a trajetória da Europa e dos Estados Unidos. A tendência é que as empresas brasileiras busquem cada vez mais serviços de self-booking online como forma de economizar tempo e dinheiro.

Estudo realizado no fim de 2006 pelo Centro de Pesquisas de Viagens de Negócios da Universidade Cranfield, no Reino Unido - a principal faculdade de gerenciamento de transporte aéreo da Europa -, mostrou que no mercado europeu e norte-americano cerca de 70% das corporações adotavam algum tipo de ferramenta de self-booking pela web. O estudo consultou 424 gerentes de agências de viagem que têm grandes empresas como clientes, predominantemente na Europa, Estados Unidos e Ásia. Em média, essas corporações gastam por ano US$ 35 milhões com viagens.

Foi constatado que os usuários das ferramentas de auto-atendimento para reservas economizam 9,1%, em média, nas passagens por ano. Uma montadora de carros conseguiu reduzir em 25% os custos com tarifas. Isto porque o sistema permitiu a imposição mais rígida da política da empresa para viagens e dos acordos comerciais para descontos em vôos e hotéis.

"É um forte indicativo de tendência nos próximos anos para o mercado de viagens corporativas no Brasil. Grandes e médias empresas nacionais estão começando a olhar para essas ferramentas", comenta Luigi Botto, sócio da Argo IT. A empresa desenvolveu o Travel Management System (TMS), que permite programar uma viagem corporativa que respeita a política da empresa, fazendo o correto uso de acordos comerciais e do fluxo de gestão e aprovação definido pela direção.

Botto observa que muitas empresas brasileiras acostumadas a delegar a solicitação de viagens para os Departamentos de Compras ou áreas de apoio estão avaliando as novas ferramentas. "O gasto com viagens é alto e o controle das corporações não é eficiente. Além disso, antigamente as empresas tinham mais tempo para planejar viagens. Hoje, tudo é muito rápido e as reservas online são ágeis. O tempo é ainda mais precioso para as corporações", acrescenta Botto.

Os segmentos de logística e consultoria tendem a sair na frente na adoção das novas ferramentas. Além de serem mais propensos a assimilar novas tecnologias, o item viagens tem peso importante em seus custos. A pesquisa da Cranfield revelou que, na Europa, EUA e Ásia, estão na vanguarda os setores de serviços (43%) e transporte e comércio (22%).

Entre as vantagens dos sistemas de gerenciamento de viagens nos países pesquisados - similares ao TMS, da Argo IT - os gerentes destacaram a possibilidade de efetuar pesquisa abrangente de opções de vôos, hotéis e locação de veículos, facilidade de uso e rapidez. Dos 424 consultados, 22% disseram estar muito satisfeitos e 43%, razoavelmente satisfeitos. Os maiores índices de satisfação foram das organizações que mais utilizam ferramentas online. Normalmente, elas são menos hierarquizadas, com bom sistema interno de comunicação e funcionários acostumados a agendar sozinhos suas viagens e outros serviços.

Os benefícios mais citados foram a redução de custos das transações e o aumento do comprometimento com a política da corporação para as viagens dos funcionários. Quanto mais integrada for a empresa à "cultura da internet", melhores são os resultados.

O estudo teve o apoio da consultoria Amadeus e da Associação dos Executivos de Viagens Corporativas (ACTE, na sigla em inglês), da qual fazem parte entidades e empresas de 49 países.

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