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18/07/2013 - 08:23

AEB divulga revisão da balança comercial e prevê déficit de US$ 2 bilhões em 2013

Resultado negativo seria o primeiro desde 2000.

Rio de Janeiro – A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou no dia 17 de julho (quarta-feira), a revisão da balança comercial para 2013. As novas projeções reduzem as exportações em 5%, para US$ 230,511 bilhões, e indicam aumento de 4,2% nas importações, que chegariam a US$ 232,519 bilhões. O resultado seria um déficit de cerca de US$ 2 bilhões – o primeiro desde 2000 - contra o superávit de US$ 14,6 bilhões projetado na estimativa anterior da entidade, divulgada em dezembro de 2012.

Segundo a AEB, a redução das exportações “deve-se à aceleração da queda das cotações das commodities em geral, aliada à diminuição do quantum de petróleo, óleos combustíveis, milho e algodão”.

No caso das importações, a entidade destaca que o aumento verificado no primeiro semestre deve-se “à menor taxa cambial vigente, à regularização dos registros de importação de petróleo e derivados, à expectativa de expansão do consumo interno e à manutenção do elevado custo Brasil, em contrapartida ao menor crescimento das importações previsto para o segundo semestre decorrente de patamar mais elevado da taxa cambial e sinais de redução do consumo interno”.

Segundo o presidente da AEB, José Augusto de Castro, esse cenário amplia a importância de iniciativas que aumentem a competitividade das exportações brasileiras. “O próximo Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), que realizaremos em agosto, no Rio, terá por objetivo justamente a consolidação de propostas para uma logística integrada e competitiva. Isso é imprescindível”, destacou Castro.

.Revisão da Balança Comercial para 2013

Considerações sobre os dados projetados -A revisão da projeção da balança comercial para 2013 reduz as exportações para US$ 230,511 bilhões, queda de 5%, e amplia o valor das importações para US$ 232,519, alta de 4,2%, gerando déficit comercial de US$ 2,008 bilhões em relação à previsão de 18/12/12, que projetava exportações de US$ 239,690 bi, queda de 1,2%, e importação de US$ 225,070 bi, aumento de 0,9%, e superávit de US$14,620 bi;

. A redução das exportações deve-se à aceleração da queda das cotações das commodities em geral, aliada à diminuição do quantum de petróleo, óleos combustíveis, milho e algodão, em contrapartida à tendência de menor ritmo de crescimento das importações, decorrente da perspectiva de redução do consumo interno e do patamar mais elevado da taxa cambial;

. Adicionalmente, o conjunto de fatores adiante listados não permite quantificar com precisão seus reais e efetivos impactos sobre o comércio exterior brasileiro, podendo provocar alteração, para mais ou para menos, nos dados projetados para a balança comercial: . atual nível da taxa de câmbio e seu reflexo sobre as importações;

. a taxa cambial não deverá impactar as exportações de commodities e, se houver impacto sobre exportações de manufaturados, será pontual e residual;

. tendência de redução do consumo das famílias e seu impacto nas importações;

. baixo crescimento do PIB e reflexos nas importações e/ou exportações;

. desaceleração econômica da China e impacto nas cotações das commodities;

. eventual redução de incentivos à economia dos EUA e seus possíveis impactos nas cotações das commodities e na taxa de câmbio;

. a redução do superávit comercial da Argentina no 1º semestre vai dificultar atingir suas metas, podendo ampliar controles e restringir suas importações em geral, afetando as exportações do Brasil;

. imprevisibilidade nas quantidades de petróleo e derivados a serem exportadas;

. constantes oscilações nas importações de petróleo e derivados;

. imprevisíveis quantidades e valores de exportação de plataformas de petróleo;

. em 2013 haverá 123 dias úteis no 1º semestre e 130 dias no 2º semestre.

Em 2013, a tradicional volatilidade nas cotações das commodities está sendo substituída por um viés de baixa contínua, conforme mostra o quadro adiante, comparativo de cotações efetivas e projetadas, porém sem redução do quantum exportado, pelo menos por enquanto:

. A ainda elevada participação acima de 65% das commodities na pauta de exportação sujeita seus resultados a fatores fora de controle do Brasil, tornando instáveis os resultados da balança comercial;

. O aumento verificado nas importações no 1º semestre deve-se à menor taxa cambial vigente, à regularização dos registros de importação de petróleo e derivados, à expectativa de expansão do consumo interno e à manutenção do elevado custo Brasil, em contrapartida ao menor crescimento das importações previsto para o 2º semestre, decorrente de patamar mais elevado da taxa cambial e sinais de redução do consumo interno;

. Até a primeira quinzena de julho, foram embarcadas 29 milhões de toneladas de soja, representando 74% das 39 milhões de toneladas projetadas para 2013;

. Minério de ferro permanecerá como principal produto da pauta de exportação, com valor projetado de US$ 31,587 bilhões, montante similar aos US$ 30,989 bi apurados em 2012, graças à manutenção de seus preços médios e das quantidades projetadas de exportação, porém, com elevação de sua participação na pauta de exportação de 12,8% em 2012 para 13,6% em 2013;

. A corrente de comércio projetada para 2013 de US$ 463,030 bilhões deverá ter pequena queda de 0,6% com relação aos U$ 465,729 bilhões obtidos em 2012;

. As presentes projeções foram elaboradas com base no cenário atual, porém sujeitas a oscilações, especialmente em caso de eventual desaceleração do crescimento econômico da China e aprofundamento da crise na União Europeia, principais regiões demandantes das commodities exportadas pelo Brasil.

. Variações projetadas nos principais produtos de exportação:

. Variações projetadas nos principais produtos de  importação:

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