Segurança internacional em debate no Forte de Copacabana

Especialistas e autoridades de diversas nacionalidades se reúnem em conferência no Rio, nos próximos dias 15 e 16, para discutir os rumos da cooperação entre países e blocos para garantir a paz no mundo.

Na IV Conferência do Forte de Copacabana, programada para os próximos 15 e 16 de novembro, representantes de três continentes discutirão questões atuais relacionadas à cooperação internacional nas áreas de segurança e defesa.

Os ministros Nelson Jobim, do Brasil, e Nuno Severiano Teixeira, de Portugal, este também o presidente do Conselho de Ministros da Defesa da União Européia, vão abrir a conferência expondo os conceitos, visões e preocupações que marcam a agenda de segurança da América do Sul e da Europa.

Vão participar da conferência delegações dos ministérios da defesa e de especialistas da Alemanha e da França, e representantes de países vizinhos da América do Sul. Pela primeira vez, também participarão do evento uma delegação do Instituto das Relações Internacionais Contemporâneas de Pequim, na China, e o diretor do Instituto de Estudos da Paz e de Conflitos o da Nova Deli, na Índia, o major general Dipankar Banerjee. Estes vão participar das discussões sobre questões centrais do sistema internacional da segurança e da defesa.

Nesta quarta edição da Conferência do Forte de Copacabana, estarão na pauta temas como a cooperação entre América do Sul e a União Européia na avaliação de ameaças; experiências práticas na cooperação militar em missões internacionais de paz; a política internacional de desarmamento e de não-proliferação de armas; a análise da situação da segurança na Ásia e as suas implicações, com a emergência do poderio militar chinês, para o contexto internacional; os impactos, no cenário internacional, da parceria Estados Unidos-Índia; a ameaça de uma nova corrida armamentista na América do Sul; e o controle do tráfico ilegal de armas leves.

Participarão da conferência: militares, autoridades públicas, especialistas em política internacional, além de representantes da sociedade civil de vários países. A proposta é encontrar soluções para promover o avanço de uma política de cooperação internacional as áreas de segurança e defesa.

A organização da conferência é resultado de uma parceria entre a Fundação Konrad Adenauer, o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI), o Centro de Estudos das Américas da Universidade Cândido Mendes (CEAs) e a Cátedra Mercosul da Sciences-Po, com o apoio da Comissão da União Européia.