Mercado de automação residencial no Brasil pode crescer mais de 80%

No país, há menos de 300 mil residências automatizadas, mas o potencial, com base em uma estatística conservadora, pode chegar a 1,7 milhão de moradias aptas a receber essa tecnologia. E as empresas do setor já estão de olho nesse cenário.

São Paulo – Os dados são da Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside) e foram apresentados no primeiro semestre desse ano, em um evento do setor realizado em Campinas. Segundo a entidade, no Brasil, há pelo menos 57 milhões de residências e se a meta é olhar para todas elas, a dimensão desse mercado é ainda maior.

Por outro lado, um outro número chama ainda mais a atenção dos “players”. É que o resultado de um estudo da Motorolla Mobility tem mexido com ânimos das empresas do ramo desde o ano passado. De acordo com o levantamento global, 78% dos entrevistados brasileiros estavam interessados em automação residencial, acima da média mundial (66%). No entanto, 37% disseram que precisariam ser convencidos do bom custo/benefício de um serviço antes de pagar por ele. A pesquisa indicava ainda que a popularização desses serviços é necessária para que o consumidor os encare como desejo de consumo.

O fato é que a automação deixou de ser vista como um artigo de luxo, para, a cada dia que passa tornar-se uma solução para todos que buscam mais conforto, modernidade, segurança, valorização do imóvel e, principalmente, economia de energia. Só que os valores para essa adesão à tecnologia nem sempre foram compatíveis com os bolsos de muitos brasileiros. Pensada para deixar requintados espaços como home theater, banheiros, closets, a automação é muitas vezes feita apenas em um ou outro ambiente. Mas em 2007, com o surgimento da Controllar no mercado, a competição entre os fornecedores está mais acirrada, por conta de uma tendência ditada pela empresa: a automatização da casa toda como possibilidade real que cabe no orçamento.

O objetivo central da empresa é tornar possível, por meio de um único comando, apagar todas as luzes da residência, fechar cortinas, desligar pontos de ar condicionado, gerenciar a parte de segurança e até das câmeras. A diferença frente aos demais fornecedores é que o proprietário do imóvel pode controlar as luzes e equipamentos pelos Keypads – nome dado para o velho espelho de luz, hoje em um formato bem mais moderno – onde os ambientes são sinalizados por meio do desenho da planta baixa do imóvel e informam quais locais da casa estão ligados ou não. Além do conforto operacional, ela garante ao consumidor visual, tranquilidade, segurança e economia de energia, algo em torno de 20% a 30%.

“Isso não significa que a Controllar não permite ao dono do imóvel controlar de maneira mais rápida e eficiente todas as luzes e equipamentos, por meio de seu tablet ou smartphone. Isso é possível se for um desejo do cliente. Mas se ele não quiser ser refém do ‘Wi Fi’ e do seu ‘bom humor’ quanto ao funcionamento, será atendido da mesma forma pelos Keypads, afirma Marcio Mello, diretor da Controllar e responsável pelo desenvolvimento deste sistema 100% nacional que tem hardware e utiliza software totalmente fabricado na sede da indústria que fica em Campinas.

Atenta às oportunidades de negócio, a Controllar sabe que a automação em breve será um requisito importante para a comercialização de edifícios comerciais e residenciais e está pronta para isso. “Queremos que nossos pontos de luz azul dos Keypads ‘invadam’ os lares brasileiros desde as casas de alto padrão até apartamentos a partir de 60 a 70 m². Hoje, isso pode parecer loucura, mas, muito em breve, será realidade. Tecnologia nacional e ofertas acessíveis nós já temos para isso”, finaliza o empresário otimista com as perspectivas do setor.