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20/07/2013 - 09:29

Caracterização de armazenamento de commodities no estado do Paraná

O oitavo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), afirma que a safra 2012/2013 está estimada em 184,15 milhões de toneladas com um aumento de 10,8% em relação ao ano anterior. Os dados se referem à cultura dos dois períodos e principalmente das culturas de soja e milho. Esse aumento deve-se ao crescimento de áreas cultivadas e as condições climáticas que favorecem as culturas.

Para caracterizar as tarifas do armazenamento de carga, com destaque para soja, milho e trigo, pesquisadores do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG), da escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) levantaram informações com 27 informantes do Estado do Paraná.

Os dados constam no relatório de junho do Sistema de Informações de Armazenagem (Siarma), um projeto do ESALQ-LOG que envolve pesquisas e coleta de dados sobre as principais características do armazenamento de cargas agrícolas. A partir da análise de custos de armazenagem e informações qualitativas sobre o mercado agrícola, o Siarma efetuou levantamento de informações que mostram-se essenciais ao dimensionamento de projetos logísticos voltados aos complexos agroindustriais.

Realizada entre 15 de abril ao dia 17 de maio de 2013, a pesquisa foi composta de três etapas: formulação do questionário, coleta de dados e análise dos resultados. “O Paraná foi escolhido pela representatividade na produção de grãos e na grande quantidade e elevada capacidade estática dos armazéns presentes no estado”, analisam os pesquisadores.

Segundo Lucas Kopecky Bobadilla, pesquisador do ESALQ–LOG, no Siarma deste ano foram levantados como principais informações tarifas de armazenamento. De acordo com o relatório, os armazéns mais utilizados são os silos metálicos verticais e de fundo V, e os graneleiros. Quanto às capacidades estáticas totais, variaram de 15 mil a 800 mil toneladas, sendo especializados para armazenagem de um único produto ou de um conjunto grãos.

“O custo com armazenagem para o agronegócio é de extrema importância, em função de que não sendo possível realizar a movimentação ao mercado externo consequentemente o produto será estocado. E está cada vez mais complicada a realização do escoamento da produção nacional no período de safra. A economia com fretes também pode ser destacada, já que a possibilidade de estocar insumos em épocas de baixo frete é uma excelente opção para reduzir custos logísticos”, comenta Bobadilla.

Os resultados da pesquisa demonstraram, também, que a maioria das empresas prestadoras de serviços de armazenagem vendem os resíduos retirados dos produtos para fábricas de rações animais. Além disso, 22% das empresas ficam com os produtos ou para processar e transformar em ração animal e vender para os pequenos produtores de gado ou colocam nas lavouras para servir de adubo. Já 15% dos entrevistados deixam os resíduos disponíveis ao produtor caso eles queiram levar, porém não obrigatoriamente o fazem, pelo fato de alguns resíduos necessitarem de um processamento ou mesmo por não ter produção de bovinos. Os 19% restantes dos entrevistados não tem conhecimento sobre o destino dos resíduos.

Para Annelise Sakamoto Izumi, mestranda em Engenharia de Sistemas Logísticos (POLI/USP) e pesquisadora do ESALQ-LOG, a caracterização das taxas de armazenamento possibilita aos produtores, cooperativas e demais entidades do agronegócio uma análise de como o segmento atua. “Não é possível afirmar que as informações são nacionalmente utilizadas, em função de que cada região tem suas particularidades. Mas neste caso específico, são apresentados dados que podem conferir, para o setor privado, a confiabilidade e a qualidade em armazenar o seu produto nos armazéns prestadores de serviços”. | .[Link do relatório: http://esalqlog.esalq.usp.br/files/biblioteca/734.pdf].

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