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24/07/2013 - 08:47

Brasil sofre com falta de técnicos

Curso técnico pode ser uma grande oportunidade devido ao déficit de profissionais técnicos do mercado nacional. Pesquisa revelou que indústria precisará de 7,2 milhões de técnicos até 2015.

O Mapa do Trabalho Industrial 2012, pesquisa realizada pelo SENAI em todo ao Brasil, revelou que o Brasil terá de formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível técnico para atuarem em profissões industriais até 2015. Essa necessidade produzirá oportunidades em 177 ocupações diferentes em áreas que abrangem diversas ocupações entre elas supervisores de produção e de indústrias químicas e petroquímicas.

Do total da demanda, 1,1 milhão será por trabalhadores para ingressarem em novas oportunidades no mercado. O restante já está trabalhando e precisa manter-se qualificado para acompanhar os avanços tecnológicos da indústria. "Apenas 6,6% dos brasileiros entre 15 e 19 anos estão em cursos de educação profissional. Na Alemanha, esse índice é de 53%. Nossos jovens precisam ver a formação profissional como uma excelente oportunidade para o mercado de trabalho", afirma o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi.

Este cenário profissional faz com que os cursos técnicos sejam uma boa oportunidade para quem deseja entrar no mercado de trabalho ou mesmo buscar a ascensão profissional.

“Quanto abrimos uma vaga na Volkswagen procuramos recrutar internamente primeiro, para dar oportunidade aos profissionais que estão buscando qualificação profissional, e muitas vezes sentimos falta do diferencial tanto na formação técnica quanto na comportamental. O técnico é uma boa porta de entrada para quem quer trabalhar na indústria ou mudar de área”, afirma a analista de RH da Volkswagen, Gilian Almeida.

A própria analista já se beneficiou da formação técnica em sua carreira. Ela se formou no curso técnico de eletrônica, na ETEP em 1992, fez estágio em indústria automobilística e depois optou pelo curso superior em relações públicas e pela pós-graduação em marketing e gestão de recursos humanos. “Apesar da guinada que dei na minha carreira, indo atuar em uma área de humanas, o técnico em eletrônica me deu uma excelente base para iniciar e continua me ajudando, pois como sou responsável pela área de treinamentos tenho que entender um pouco sobre os diversos assuntos da fábrica e me atualizar constantemente”, explica a Gilian que também é auditora líder da área de meio ambiente.

Carreira sem fronteira é a tendência no mercado de trabalho atual-Segundo Ana Cristina Silva, que é professora, psicóloga e consultora de Recursos Humanos com ampla experiência em empresas de médio e grande porte, profissionais que assim como Gilian começam como técnicos e assumem as “rédeas da carreira” e acabam migrando e se adaptando às necessidades do mercado de trabalho, são os mais desejados pelas empresas no atual cenário. “Estamos falando de indivíduos que são capazes de se reinventar, investir em cursos de aperfeiçoamento que os levem à colocação onde desejam chegar e estão sempre prontos para se adaptar as novas realidades do mercado”, explica.

A análise da demanda feita no Mapa do Trabalho mostra ainda que os profissionais das ocupações operacionais precisam ser polivalentes, com capacidade para desempenhar várias funções. Vem aumentando também a importância de características como visão sistêmica do fluxo produtivo e capacidade de gerenciamento

Pensando em preparar o jovem para ter esse perfil o Grupo Cetec Educacional, do qual também fazem parte a Faculdade Bilac, de São José dos Campos, o IBTA e Faculdade da Vila Matilde, em São Paulo desenvolve o projeto “Carreira sem Fronteiras”, que oferece aos alunos de todos os cursos técnicos e de graduação uma disciplina que aborda diferentes aspectos que constituem a formação de um profissional, tanto na parte técnica quanto na comportamental. Além disso, os estudantes são cadastrados num banco de currículos virtual, sob o olhar de algumas das principais empresas do Brasil.

“É muito importante para os alunos que essa disciplina esteja dentro da grade curricular do curso, assim garantimos que todos que fazem parte da comunidade ETEP tenham essa formação, além de oferecermos ao mercado profissionais mais completos”, explica a diretora Acadêmica do Grupo CETEC Marta Esteves.

A nova disciplina visa ensinar aos estudantes como montar um currículo, como se sair bem em entrevistas de emprego e, também, os estimula a desenvolver competências comportamentais como liderança, trabalho em equipe, flexibilidade, entre outras. “Hoje, as grandes empresas contratam pelo perfil técnico e pelo comportamental. E, principalmente, demitem por um comportamento inadequado ou que não atenda às necessidades organizacionais”, conta Márcio Reis, psicólogo e consultor em Treinamentos e Desenvolvimento de Carreira, e também responsável pelo projeto.

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