ABRH-RJ cria iniciativa voltada para a inclusão de pessoas com deficiência

Existem no Rio de Janeiro, cerca de 1800 empresas em que 5% do quadro de funcionários deveriam ser destinados às PcDs – Pessoas com Deficiencia. Estima-se que menos de 10% destas empresas estejam cumprindo esta lei, a maioria por falta de informação. Para ajudar essas empresas a cumprir com as lei, a Associação Brasileiras de Recursos Humanos do Rio de Janeiro, ABRH-RJ, pela Diretoria de Responsabilidade Social , desenvolveu um Programa de Responsabilidade Social, o projeto destinado a Inclusão da Pessoa com Deficiência – PcD no mercado de trabalho.

“Muitas das empresas que deveriam cumprir com a lei, não cumprem por falta mesmo de informação, e não porque simplesmente não querem ou que estão agindo de má fé. As grandes empresas muitas vezes têm profissionais que cuidam apenas dessa ação afirmativa, mas a grande realidade é que o conjunto do mercado não funciona assim”, diz José Pinto Monteiro, diretor de responsabilidade social da ABRH-RJ.

O programa mobiliza os três setores da sociedade. O Governo orientador e fiscalizador, a classe empresarial e a sociedade civil organizada com as organizações sociais que capacitam as PcDs. O grupo promove encontros mensais para debater, com objetividade , temas como: capacitação, medicina no trabalho, empregabilidade, legislação, entre outros que possibilitem a criação dessa ponte de inclusão. Casos práticos e troca de experiências sobre direitos e deveres destinados a empresas de diversos setores e quem fiscaliza cada um deles. O projeto inclui também, pesquisas relacionadas à inclusão da PcD, com dados de questionários aplicados a dezenas de empresas. “Algumas empresas têm dificuldade em achar a PcD, ou até mesmo para inserir a PcD no seu quadro de funcionários”, diz Patrícia Pacheco diretora de responsabilidade social da ABRH-RJ.

O projeto, criado em fevereiro deste ano, trás a proposta de ser referencia em inclusão da PcD no mercado de trabalho, por meio de uma ação transformadora através do Grupo Executivo da ABRH-RJ. Formado com mais de cem empresas associadas. Os temas dos encontros são escolhidos previamente e acordados com o grupo.

“Durante muitos anos de marginalização, percebemos que não é apenas a educação regular e formal que falta às pessoas com deficiência, mas também a inclusão social“, diz Patrícia.

Na terça feira, 16 de julho foi realizado o ultimo encontro com participação de empresas de diferentes setores, sendo o tema ‘Acessibilidade’. Estavam presentes, nesta edição, arquitetos, engenheiros, RH, advogados e até estudantes de psicologia. As palestrantes, portadoras de deficiência, a advogada Débora Prates e a arquiteta Regina Cohen falaram sobre acessibilidade e seus componentes arquitetônicos, comunicacionais, metodológicos, programáticos e atitudinais.

Com o total de 4 encontros, já participaram profissionais do RH, o jurídico das empresas e até mesmo, médicos do trabalho, para debater diferentes temas, como cenário, o histórico, informações do IBGE, empregabilidade e medicina do trabalho. A principal missão é promover práticas e conceitos socialmente responsáveis que contribuam para o cumprimento da legislação e apoio da comunidade de RH na sua atuação.

"Acho este Programa de Responsabilidade Social da ABRH-RJ muito importante, pois as empresas precisam de ajuda para mudar a visão em relação a realidade das pessoas com deficiência. Se as empresas mudarem sua visão, consequentemente, seus funcionários também mudarão. Precisamos ter mais atitudes boas, mudança e respeito com as PCD. Na minha opinião a mudança da acessibilidade atitudinal, é fundamental. E este programa nos dá uma outra visão em relação a pessoa com deficiência. Diferente não é diferente”, diz Marinez Teixeira, assistente social da Petrobrás Distribuidora.

Empresas interessadas em participar dos próximos encontros do projeto podem mandar e-mail para [email protected] e baixarem o material apresentado nos quatro encontros anteriores. [www.abrhrj.org.br].