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27/07/2013 - 06:39

Klaus Reichardt foi anunciado vencedor do Prêmio Fundação Bunge

O pesquisador Klaus Reichardt, docente da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (USP/ESALQ) e do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (USP/CENA) é um dos contemplados deste ano com o Prêmio Fundação Bunge na área de Recursos Hídricos/Agricultura, categoria Vida e Obra. A cerimônia de premiação acontecerá em 1º de outubro, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo (SP). Durante o evento, os agraciados receberão R$ 135 mil cada (categoria Vida e Obra) e R$ 50 mil (categoria Juventude), além de diplomas e medalhas.

Um corpo de jurados composto por representantes de entidades científicas, reitores e diretores das principais universidades brasileiras elegeu os melhores profissionais ligados à Crítica Literária, na área de Letras, e aos Recursos Hídricos/Agricultura, na área de Ciências Agrárias. O anúncio dos agraciados da 58ª edição do Prêmio Fundação Bunge foi feito nesta sexta-feira, 26 de julho, logo após a reunião do Grande Júri, realizada no Tribunal de Justiça de São Paulo.

O Prêmio foi criado para incentivar a inovação nas diversas áreas do conhecimento, que se alternam a cada edição. A categoria “Vida e Obra” reconhece o trabalho de um pesquisador, cujos projetos desenvolvidos representam um patrimônio importante para o País. Já a categoria “Juventude” destaca um profissional de até 35 anos, cujo trabalho represente um novo paradigma em sua área.

Klaus Reichardt-Paulista da cidade de Santos, Klaus Reichardt, de 72 anos, possui graduação e doutorado em Agronomia pela Universidade de São Paulo (USP), livre-docência em Física e Meteorologia, pela mesma instituição e PhD em Ciência do Solo, pela Universidade da Califórnia. É reconhecido nacional e internacionalmente pelo seu trabalho nas áreas de aplicação de energia nuclear na agricultura, agrometeorologia e física da água no solo. Colaborou com assuntos pioneiros, como a tomografia computadorizada para medida de água no solo, escalonamento de propriedades físicas do solo relacionadas à retenção de água, bem como com geoestatísticas e state space, base de trabalhos na área de agricultura de precisão. Participou, ainda, da elaboração de três softwares sobre cálculo de características e propriedades hídricas do solo. Foi chefe da seção de solos e irrigação do programa conjunto FAO/IAEA de técnicas nucleares para alimentos e agricultura, em Viena, Áustria e professor dos Colleges in Soil Physics, do Centro Internacional de Física Teórica das Nações Unidas em Trieste, Itália. Publicou mais de 200 trabalhos em revistas científicas, nacionais e internacionais, além de 17 capítulos de livros. Orientou 31 dissertações de mestrado e 34 teses de doutorado. Atualmente, é professor titular aposentado e pesquisador do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da USP, fellow da Soil Science Society of America e da American Society of Agronomy, membro da Academia Brasileira de Ciências e da Third World Academy of Sciences e bolsista de produtividade em pesquisa 1A do CNPq. Recebeu diversos prêmios e títulos, como Comendador na Ordem Nacional do Mérito Científico, do Ministério da Ciência e Tecnologia e Prêmio Jabuti, como colaborador da Enciclopédia Agrícola, publicada pela Edusp.

O professor Klaus afirmou ter se emocionado ao receber a notícia do Prêmio. “Só o fato de ter sido professor da ESALQ por 40 anos já é um prêmio, mas agora eu ser acariciado por uma premiação assim no final da carreira é muito importante. Irei receber a honraria pelas minhas atividades em recursos hídricos, que é o que eu me dediquei a vida inteira. Para mim a água sempre foi uma coisa muito importante no desenvolvimento da raça humana mas, muito mais na agricultura. Tive uma carreira voltada aos recursos hídricos e me sinto honrado de ter sido indicado e depois anunciado o ganhador desse prêmio”.

Para o diretor da ESALQ, José Vicente Caixeta Filho, o prêmio diz respeito ao conjunto de contribuições que o acadêmico traz à sociedade ao longo de sua carreira. “Esse significado é muito importante e isso diferencia este prêmio dos demais. Para nós é motivo de muito orgulho termos um colega sendo reconhecido. Mais do que o prêmio por si só, entendo que isso sirva de inspiração para as gerações mais novas que almejam ter uma trajetória bem consolidada. Todo esse exemplo de vida profissional do professor Klaus vai ser importante para que a ESALQ continue tendo essa visibilidade bastante positiva seja no ambiente acadêmico, seja extra-muros”.

Esalqueanos premiados – Em anos anteriores, outros esalqueanos foram premiados na área de Ciências Agrárias. Em 1982, Eurípedes Malavolta, em Agronomia. Em 1988 foi a vez de Adriano Julio Barros Vicente de Azevedo Filho, em Economia Rural (categoria Juventude). Já no ano de 1994, dois esalqueanos foram contemplados: Luiz Ernesto G. Barrichelo, em Engenharia Florestal, e Gerd Sparovek, em Solos Agrícolas (categoria Juventude). Em 2005, Ernesto Paterniani venceu na área Agronegócio (categoria Vida e Obra). Nilson Villa Nova venceu em 2008, categoria Vida e Obra, área Agrometeorologia. Em 2009, na área de Agricultura Tropical, foram dois contemplados: João Lucio de Azevedo (Vida e Obra) e Carlos Eduardo Pelegrino Cerri (Juventude). Em 2011, na área de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, José Roberto Postali Parra, professor do Departamento de Entomologia e Acarologia (LEA), venceu na categoria Vida e Obra [www.esalq.usp.br]. |Alicia Nascimento Aguiar eCaio Albuquerque.

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