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01/08/2013 - 08:09

Será que o Banco Central não consegue segurar o dólar?

Para o gerente da TOV, Banco Central poderia estabilizar o dólar a qualquer momento.

Em virtude da oscilação do dólar, o Banco Central resolveu adotar medidas para que haja uma estabilização e uma diminuição da desconfiança dos investidores. Corte de impostos e leilões são algumas das medidas tomadas, mas mesmo assim, não parece surtir efeito. A pergunta que se faz é: será que o Banco Central não consegue conter o dólar?

Para o gerente de câmbio simplificado da TOV Corretora, Fernando Bergallo, essa é uma afirmação incorreta: “O Banco Central tem formas de derrubar a cotação a qualquer hora, e ele não fez isso pois não interessa neste momento. O nível das reservas dá a possibilidade do Banco Central afetar a liquidez de forma drástica, e influenciar de forma muito mais forte o mercado”. De acordo com Bergallo, o que está sendo feito agora, os pequenos leilões pontuais no mercado de derivativos, é para "balizar" um pouco o mercado - mas este nível de preço "alto" não pode ser considerado "prejudicial" a ponto de uma ação mais forte ser necessária.

Apesar da elevação no preço, a alta traz vantagens, como a melhora na competitividade do exportador, e consequente ajuda para a indústria e nível de emprego, superando neste momento, os eventuais prejuízos como, por exemplo, impacto na inflação, que é mínimo, dentro a composição do IPCA considerando produtos importados). “Os leilões do Banco Central também não alteram o fluxo cambial, que é desfavorável, e por este motivo elevou o preço do dólar (reduzindo sua oferta). O cenário de baixo crescimento + alta da inflação é extremamente infértil para negócios, e portanto novos investimentos - e desta forma não atrai capital externo”, ressalta Bergallo.

A única forma neste momento de se trazer um fluxo alto de dólares, seria trazendo o capital especulativo, já que o capital para a produção não deve vir por conta destes motivos. Para o capital especulativo vir, a taxa de juros deveria estar acima de dois dígitos conforme nossas estimativas (Acima de 10%). “Isto pode acontecer em breve, pois já é dada como certa que nas próximas duas reuniões do Copom haverão altas de 0,5% e até 1% em cada decisão do comitê, trazendo então a taxa para perto dos dois dígitos”, finaliza Bergallo.

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