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03/08/2013 - 08:30

Queda dos níveis de testosterona atinge de 20% a 30% dos homens na maturidade

De 20% a 30% dos homens com mais de 40 anos sofrem com a redução hormonal e suas consequências, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Chamada de Deficiência Hormonal Masculina ou Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), a queda gradual da testosterona é semelhante à menopausa, fase que ocorre na vida de todas as mulheres como consequência da falência dos ovários que deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona. À medida que os homens envelhecem, cai a produção de testosterona, o hormônio sexual masculino.

O motivo para essa redução é que os níveis de testosterona, o principal hormônio masculino, começam a cair até 1% a cada ano a partir dos 30 anos de idade. ”A redução é gradual, mas permanente. Então por volta dos 50 anos, cerca de 10% dos homens apresentam níveis baixos de testosterona. Aos 70 anos, mais da metade sofre com deficiência do hormônio. Aos 80 anos, a maioria dos homens tem níveis de testosterona e comportamentos semelhantes ao de meninos antes da puberdade”, explica o ginecologista Joji Ueno (CRM-48.486), doutor em medicina pela Faculdade de Medicina da USP, responsável pelo setor de Histeroscopia Ambulatorial do Hospital Sírio Libanês e Diretor na Clínica Gera.

O diagnóstico e tratamento corretos da deficiência hormonal podem trazer melhorias para a qualidade de vida do homem e de sua família. No entanto, a detecção do problema muitas vezes é difícil porque os sintomas da deficiência hormonal masculina podem ser confundidos com sinais de outras doenças como hipotireoidismo e depressão. “Para fechar um diagnóstico de DAEM é preciso estabelecer o quadro clínico com a presença de sintomas como fadiga, sonolência, alteração da memória e diminuição da libido, associado à diminuição dos níveis sanguíneos de testosterona”, diz Ueno.

Diagnóstico-Os sintomas da Deficiência Androgênica são muito semelhantes às manifestações da menopausa em mulheres. Dentre elas estão: fadiga intensa; níveis de depressão; irritabilidade; e distúrbios da ansiedade. Outras manifestações relacionadas incluem alterações inexplicáveis de humor, sensibilidade, insônia, diminuição da libido, fraqueza, perda de massa muscular e dificuldade para obter ereções.

Quando os sintomas são reconhecidos, deve-se realizar exames para eliminar a possibilidade de presença de doenças com manifestações semelhantes à andropausa, como certas doenças do fígado e da tireoide, anemia, alcoolismo, diabetes, depressão, entre outras. “A dosagem de testosterona livre no plasma é o principal teste, devendo ser feita em uma amostra de sangue colhida pela manhã, em jejum. Se os níveis estiverem abaixo de 200 nanogramas/dl e a pessoa não possuir fatores de risco significativos, a terapia de reposição de testosterona (ou TRT) pode ser iniciada”, esclarece o ginecologista.

A terapia de reposição de testosterona só deve ser realizada sob supervisão médica criteriosa, sendo contraindicada em homens com o risco de já terem o câncer de próstata (ainda não diagnosticado), PSA elevado, doenças no fígado, altos níveis de gordura no sangue ou passado recente de tromboses. A TRT tem vários efeitos colaterais importantes. Para utilizá-la, é necessário realizar exames de acompanhamento a cada 3-6 meses. Entretanto, desde que indicada e realizada de modo responsável, a terapia produz resultados eficazes.

A testosterona pode ser administrada de várias formas: oral, injetável, transdérmica (adesivos) ou por implantes. As formas orais não são mais recomendadas devido ao risco de efeitos tóxicos sobre o fígado e as formas injetáveis não oferecem níveis estáveis, podendo piorar os sintomas da andropausa. As mais utilizadas nos últimos tempos têm sido as apresentações transdérmicas.

Segundo Joji Ueno, além de buscar tratamento especializado, existem algumas medidas que se pode adotar para lidar melhor com os sintomas da andropausa. Entre essas medidas estão: .Aprender técnicas eficazes para lidar melhor com o estresse |.Seguir uma alimentação nutritiva, com pouca gordura e rica em fibras e vegetais |.Beber pelo menos 8 copos de água por dia |.Diminuir o consumo de bebidas alcoólicas e cafeína |.Manter um padrão de sono saudável |.Praticar atividade física regularmente.

Riscos de doenças associadas ao envelhecimento-O tratamento do DAEM é importante para a manutenção da saúde do homem na maturidade. Isso porque diversos estudos têm demonstrado que a queda das taxas de testosterona no organismo masculino associada ao avanço da idade está ligada também a males crônicos, especialmente àqueles que representam alto risco para o desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares: diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão e dislipidemia (colesterol alto). Além de doenças crônicas, o déficit hormonal pode acarretar sintomas psicológicos como depressão, irritabilidade e dificuldade de concentração.

“No entanto, se tratada, melhora consideravelmente o bem-estar e o desempenho mental e físico; oferece efeitos positivos sobre o humor, auto estima, e vitalidade geral aumenta a massa e a força muscular, diminuindo a gordura, aumenta a densidade mineral óssea; e no plano sexual traz uma importante melhora da libido (desejo sexual) e das ereções”, destaca Ueno.

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