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03/08/2013 - 09:28

Redução da alíquota de importação traz alívio,mas não é o suficiente, avalia setor de bicicletas

Importação do produto final, pneus e câmaras é beneficiada, mas empresários do setor ainda consideram a carga tributária muito pesada.Incentivo à mobilidade precisa ser acompanhado de medidas para redução do preço da bicicleta, defende a Abradibi.

Com o anúncio do retorno aos patamares da TEC- Tarifa Externa Comum do Mercosul mediante a redução das alíquotas de importação que incidem sobre bicicletas, pneus e câmaras de ar, os montadores, distribuidores e importadores de bicicletas, peças e acessórios terão um alívio na pressão sobre os custos causada pela carga tributária, mas ainda insuficiente para tornar os preços praticados no Brasil mais competitivos.

Essa é a opinião da Associação Brasileira da Indústria, Comércio, Importação e Exportação de Bicicletas, Peças e Acessórios (Abradibi), que reúne montadores de bicicleta,e distribuidores, importadores e atacadistas do setor.

Hoje, as alíquotas de importação dos principais componentes das bicicletas, como pneus e câmaras de ar, giram em torno de 25 e 35%. A partir de outubro, com a revogação da lista de exceção que há um ano atinge 100 setores da economia, esse patamar deve voltar aos 16%.

Segundo avaliação da Abradibi, esse fôlego a mais não impede que a bicicleta brasileira continue sendo uma das mais caras do mundo. Enquanto em países como Estados Unidos e Colômbia a carga de impostos sobre a bicicleta é zero, aqui ela equivale a cerca de 40% do valor final do produto.

O protecionismo que motivou a adoção da medida de exceção na importação de bicicletas,suas partes e peças, é um dos principais problemas enfrentados pela cadeia da bicicleta no Brasil. Como todos os países que produzem bicicletas de baixo valor agregado, a produção brasileira depende de peças vindas principalmente da China e Índia.” A importação em nosso setor é necessária para promover a absorção de tecnologia e a obtenção de insumos menos onerosos e mais eficientes”, afirma Tarciano Araújo, presidente da Abradibi.

Outro problema apontado por Tarciano é a falta de incentivo econômico para a bicicleta como solução para a mobilidade urbana. “Estamos construindo ciclovias, mas esquecemos de desonerar a bicicleta e seus componentes de impostos, como fazem outros países, para que ela se torne um meio de transporte realmente popular”, avalia o presidente da Abradibi.

Mercado-O mercado brasileiro é responsável pela produção de 6 milhões de bicicletas/ano.

A Abradibi estima que o mercado potencial do país gire em torno de 9 a 10 milhões de unidades/ano. “Com uma política competitiva de tributos, poderíamos até nos posicionar como polo exportador de bicicletas”, projeta o presidente da Abradibi.

Hoje, a exportação brasileira é bastante tímida, diante do desempenho do mercado chinês, que exporta cerca de 60 milhões de bicicletas/ano (80% das exportações mundiais).

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