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06/08/2013 - 08:16

Petrobras usa reservatório de Itaipu e Rio Paraná para transporte de peça com 761 toneladas

A peça gigantesca tem mais do que o dobro do peso do maior equipamento instalado na usina de Itaipu, que é o rotor da turbina, com 290 toneladas.

A terceira e maior peça da fábrica de fertilizantes (UFN3) que a Petrobras está implantando no Mato Grosso do Sul desembarcou neo dia 4 de agosto (domingo), na usina de Itaipu, de onde seguiu em direção ao aterro sanitário do bairro Porto Belo, em Foz do Iguaçu. No dia 7 de agosto (quarta-feira), a peça começará a ser transportada para a travessia pelo reservatório, na Prainha de Três Lagoas. A viagem com destino a Três Lagoas (MS), que só deve acontecer no dia 10 de agosto (sábado) terá um percurso de 750 quilômetros e vai levar em média oito dias.

O reator de amônia, fabricado na China, pesa 761 toneladas, tem 6,40 metros de altura e quase 40 metros de comprimento. A peça gigantesca tem mais do que o dobro do peso do maior equipamento instalado na usina de Itaipu, que é o rotor da turbina, com 290 toneladas.

Procedente do porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul (RS), o reator seguiu o mesmo caminho das peças anteriores trazidas pela Petrobras. A chiler de amônia, de 320 toneladas, e uma caixa de purificador, com 173 toneladas, chegaram à usina por via fluvial, desde Mar del Plata.

Para vencer o desnível de 120 metros provocado pela barragem da usina, foi montada uma megaoperação de transporte, que conta com apoio da Itaipu. A operação começou em abril.

Depois de desembarcada na margem do Rio Paraná, próximo à foz do Rio Bela Vista, em uma rampa de concreto construída exclusivamente para esta finalidade, a peça será transportada numa carreta especial, com 160 pneus.

O comboio seguiu pelo aeródromo Hércules, no bairro Porto Belo, cruzando a Avenida Tancredo Neves, até o bairro Três Lagoas. Na região da prainha, a peça será acomodada em uma barcaça com 80 metros de comprimento e 16 metros de largura. Dali, o equipamento segue viagem pelo reservatório de Itaipu até o destino final.

Hidrovia -Para o gerente do Departamento de Obras e Manutenção, Andreas Arion Schwarz, coordenador dos trabalhos por Itaipu, as megaoperações de transporte das peças da Petrobras confirmam a viabilidade de exploração do transporte hidroviário no Rio Paraná.

“Se foi possível fazer o transporte dessas peças gigantescas pelo reservatório, e transpor a barragem de Itaipu, por que não usar esse caminho para o escoamento de outras riquezas, como outros equipamentos, máquinas e commodities?", questiona.

Segundo ele, Itaipu está preparada para apoiar e ser parceira de projetos nesse sentido. “Só depende da iniciativa privada demonstrar interesse em investir no negócio”, afirma. A estrutura de acesso e desembarque para as embarcações existe e pode ser aperfeiçoada.

Ainda segundo Andreas, a rampa, feita com blocos de concreto pré-moldado, resistiu totalmente à ultima cheia. “A rampa ficou submersa em mais de 20 metros pela última cheia do Rio Paraná e permaneceu intacta”, diz.

Chuvas -A previsão inicial era que o transporte de todo o conjunto de peças da Petrobras seria concluído no final de setembro, mas, em função da cheia do mês passado – quando o nível do reservatório ficou muito acima do normal –, a operação teve que ser adiada. Ainda não há nova previsão de término do trabalho.

Cerca de 100 pessoas atuam em toda o transporte. O trabalho é coordenado pelo Consórcio de Transporte Intermodal-CTM, contratado pela Petrobras para o serviço. A mão de obra utilizada no apoio é local. [www.itaipu.gov.br].

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