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06/08/2013 - 08:18

Luz Câmera filosofia

O livro organizado pela professora Marly Bulcão apresenta a coletânea de 17 textos filosóficos sobre filmes. A escolha dos autores foi natural, com os que já tinham trabalhado a temática da relação entre a filosofia. A autora ao dar um curso sobre o tema na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), recebeu dos alunos de Mestrado e Doutorado e de professores os textos sobre o aprofundamento da noção de imaginação criadora na arte e principalmente na imagética do cinema.

“Selecionei primeiramente professores de filosofia que se dedicavam à reflexão sobre o cinema, em seguida resolvi escolher alguns alunos da pós graduação em filosofia que demonstraram sua capacidade em fazer uma abordagem mais profunda da temática e, depois, achando que seria interessante convidar alguém que viesse da área de cinema propriamente dita, convidei um jovem cineasta brasileiro que se formara recentemente em cinema pela University of New York e que escolheu para sua análise um filme brasileiro intitulado Bye Bye Brasil. Fiz questão também de convidar para criar a sinopse, um cineasta brasileiro que pôde mostrar do ponto de vista do realizador cinematográfico em que consistia o livro”, e completa sobre sua experiência:

“A vivência filosófica que vem me acompanhando ao longo da vida, assim como a vivência estética que comecei a ter há pouco tempo, trabalhando pensadores dessa área do saber e, principalmente a vivência que a imagem fílmica nos provoca e que tem o dom de nos transportar para outro espaço e outro tempo. Devo enfatizar que a leitura de Gaston Bachelard foi, para mim, muito importante, na medida em que esse filósofo me ensinou que a arte só pode ser apreendida por uma “fenomenologia da imaginação”, o que me ajudou a ver na arte e mais especificamente na imagética fílmica uma provocação que nos leva a mergulhar em nosso eu mais profundo, no âmago de nossa alma. Bachelard é um pensador contemporâneo que revolucionou a concepção de imaginação e, embora só tenha refletido em sua obra sobre a literatura, a poesia e em alguns textos sobre as artes plásticas, foi um filósofo que me deu instrumentos para refletir sobre a imagética fílmica com mais profundidade.

Os filmes analisados são clássicos que se destacaram ao longo da história do cinema. Embora se trate de um livro cuja abordagem é mais especificamente filosófica, todos os autores procuraram respeitar a especificidade da imagem fílmica como obra de arte e o livro tem o mérito de agradar a um público bastante abrangente que tange o gosto em filosofia, cinema e arte em geral”, e completa sobre a filosofia e o cinema.

“Filosofia e cinema expressam o mundo por linguagens diferentes. Assim sendo, nada mais interessante do que esse casamento entre duas formas de apreender o mundo em sua instância mais essencial. Posso citar uma gama de filósofos, o que não significa que sejam os únicos que devem ser retomados. Como disse antes, a escolha foi dos autores. Com isso foram convocados para compreender o sentido da imagem fílmica, filósofos como Bachelard, Dagognet, Deleuze, Derrida e Nietzsche.”

Título: Luz, câmera, filosofia | Editora: Idéias & Letras | Preço: R$ 35,00 | Autor: (Org.) Marly Bulcão | Tradução: (Nacional) | Páginas: 240 | Formato: 16 x 23 | ISBN: 978-85-65893-31-2

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