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08/08/2013 - 08:39

Tecon Salvador debate competitividade da cabotagem com principais players do setor

Seminário organizado pelo terminal apontou desafios e possíveis soluções para destaque no planejamento estratégico da logística brasileira.

O desenvolvimento da cabotagem como um modal competitivo no transporte de longa distância no Brasil é um consenso entre os principais players ligados à atividade comercial marítima. Durante a segunda edição do Seminário de Logística, que este ano teve como temática “Cabotagem como melhor opção no transporte de carga”, organizado pelo Tecon Salvador, os debates se concentraram em como garantir mais investimentos e melhorar os custos operacionais para que o modal tenha destaque no planejamento estratégico da logística brasileira.

César Nascimento, assessor da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e um dos palestrantes do evento do dia 6 de agosto (terça-feira), ressaltou que o governo enxerga a cabotagem não só como um meio de transporte, mas como peça chave na intermodalidade do transporte no país. “A cabotagem tem um papel primordial no processo de integração dos países sul americanos, inclusive na conexão do Brasil com o Pacífico, onde a navegação mundial mais cresce atualmente”.

A entrada em vigor da chamada “Lei do Motorista” (Lei 12.619), em junho, tornou ainda mais primordial o crescimento do transporte hidroviário quando se trata de longas distâncias. Responsável por cerca de 65% na matriz de movimentação de cargas no país, os custos do modal rodoviário devem aumentar com a nova legislação, 32% em distâncias de até 3.000 km, e 22,6% em percursos de até 1.500 km, segundo o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS).

“Não se trata de uma disputa entre modais, mas uma oportunidade concreta de complementariedade e colaboração multimodal. A beleza da logística está nas suas variadas possibilidades de soluções e no adequado uso da melhor combinação de modais disponível”, apontou Fábio Siccherino, diretor comercial da Log-In.

A Maestra aponta para a necessidade de equalização do bunker (combustível usado pelos navios de grande porte) para que seja similar com o da navegação de longo curso e do transporte rodoviário. As demandas para equiparar a competitividade da cabotagem também envolvem a formação de mão de obra e o alto custo e capacidade instalada para a renovação da frota.

“Apesar dos desafios a serem superados, a Maestra continua investindo no modal e, apenas neste ano, conquistou mais de 400 clientes que nunca haviam utilizado a cabotagem em seu sistema logístico”, disse Fernando Real, presidente da Maestra.

Iniciativa privada e a cabotagem – A cabotagem tem se tornado uma solução atrativa para o transporte de produtos de grande ou pequeno valor agregado, segundo demonstraram os representantes das empresas Paranapanema e Camil.

Em parceria com o Tecon Salvador, a maior produtora de cobre refinado no Brasil vem, desde o início do ano, implementando um projeto ousado: migrar 90% de sua carga que segue da Bahia com destino ao Centro-Sul para a cabotagem. “A Paranapanema já está transportando 65% de suas entregas domésticas por navio neste ano. Até o final de 2013, esperamos ter migrado 80% da produção, atingindo nossa meta final em 2014”, afirmou Manoel Franco, gerente de logística da Paranapanema.

Dados do Tecon Salvador indicam que, até junho 2013, já foram embarcadas 42 mil toneladas de cobre do terminal para o porto de Sepetiba (RJ). O volume representa 27% de toda movimentação de cabotagem do Tecon no mesmo período. Para o próximo ano, está prevista a operação de cabotagem direta entre Salvador x Paranaguá/São Francisco do Sul, onde serão embarcadas até 243 mil toneladas de cobre, segundo a empresa.

Veterana na cabotagem, a Camil reserva 15% de toda a sua movimentação de alimentos para a navegação. Com o aumento nas vendas para o Nordeste de 53 mil toneladas para 180mil toneladas/ano, representando um crescimento de 236% em 8 anos, o modal se tornou essencial no atendimento do segundo maior mercado da Camil.

O Seminário de Logística – Cabotagem Como Melhor Opção no Transporte de Cargas foi realizado em Salvador e já se configura como o maior evento de cabotagem do Nordeste.

Perfil - O Grupo Wilson Sons é um dos maiores operadores integrados de logística portuária e marítima e soluções de cadeia de suprimento no mercado brasileiro, com 175 anos de experiência. A companhia conta com uma rede de atuação nacional e presta uma gama completa de serviços para as empresas que atuam na indústria de óleo e gás, no comércio internacional e na economia doméstica. As principais atividades do Grupo são divididas em dois sistemas – Portuário e logístico e Marítimo.

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