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08/08/2013 - 09:41

Qualificação de mão de obra ainda é o maior desafio na indústria naval e offshore


Nos próximos anos o setor deve criar por volta de 70 mil vagas e enfrentar a carência por profissionais treinados, principalmente soldadores. Empresários alertam que situação pode comprometer a entrega de projetos.

O cenário dos últimos dez anos foi marcado pela retomada da indústria naval e offshore. Um dos projetos em curso mais importantes é o encabeçado pela Petrobras, que envolve o afretamento de 28 sondas encomendadas à Sete Brasil, empresa formada pela estatal, bancos privados e fundos de pensão criada para viabilizar a entrega das sondas até 2020. A entrega das sondas nos prazos é imprescindível para a estatal atingir a produção de 4,2 milhões de barris diários e tornar-se autossuficiente na produção de petróleo e derivados.

A corrida contra o tempo abriu portas para a geração de vagas de empregos para mão de obra qualificada. Segundo o Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore), se em 2003 o número de empregos no setor não chegava a 13 mil, este ano, já foram criadas quase 70 mil vagas. Os estaleiros com apoio do governo, por exemplo, participarão ativamente da criação de 40 mil empregos nos próximos três anos.

O calcanhar de Aquiles deste contexto é que, embora exista mão de obra disponível, a qualificação ainda fica aquém da necessidade da indústria e se mantém como um dos principais desafios para a construção naval. Na visão do presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha, o setor continua com intensa demanda por recursos humanos, mas formação de nível técnico e superior é um dos gargalos a ser superado. Categorias que merecem atenção redobrada na formação de pessoal técnico são: soldadores, encanadores, chapeadores, encarregados e mestres.

O gerente comercial do estaleiro TCE, Danilo Teixeira, confirma este cenário. Ele diz que a falta de mão de obra qualificada implica diretamente no cronograma de entrega dos projetos da empresa e a procura por profissionais qualificados inflaciona os salários, além das grandes empresas terem que implantar cursos para melhorar o desempenho dos funcionários. “A maior defasagem que encontramos hoje é no setor de soldagem. Esses profissionais são, sem dúvida, a maior carência do mercado”, finaliza.

Soldagem - A Associação Brasileira de Soldagem (ABS) também aponta a falta de soldadores qualificados no setor da indústria naval. Segundo o diretor executivo da entidade, Daniel Almeida, os jovens não são atraídos pela profissão, cujo treinamento exige cerca de um ano e o salário é em média de R$3,5 mil. “Encontramos dificuldades na qualificação profissional em todos os níveis, desde os soldadores até o engenheiro de soldagem e a maioria deles não recebeu formação adequada ou aprendeu a soldar por puro esforço. No nível de supervisão, por exemplo, é fácil encontrar pessoas responsáveis em grandes empresas, que não se qualificaram para exercer a função”, diz.

A associação trouxe para o Brasil programas de formação de profissionais de soldagem através do programa IIW-International Institute of Welding - instituição formada por 56 países, sendo o Brasil representado pela ABS. O diretor executivo adianta que o instituto deve ampliar os níveis de qualificação destinados às áreas de nível médio e aumentar de oito para dez os Centros de Treinamento. Ainda segundo ele, o Brasil deve atingir a demanda de profissionais de soldagem, em todos os níveis, nos próximos cinco anos.

Uma oportunidade prática de aprimorar a qualificação para quem vai pleitear vagas na indústria naval é participar dos os workshops técnicos que acontecerão nos dias 14 e 15 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ), durante a 10ª Navalshore – Marintec South America, e que tratarão dos temas: galvanização, soldagem e construção naval. Segundo o gerente do evento, promovido pela UBM Brazil, Renan Joel, os workshops técnicos foram elaborados com a intenção oferecer soluções para as dificuldades que permeiam a qualificação de mão de obra. “O objetivo é promover o aprimoramento e contribuir para a formação profissional da indústria naval e offshore”, diz.

.[Para se inscrever nos workshops (que custam de R$ 210 a R$ 250, dependendo da data de compra) basta acessar o site oficial do evento: www.navalshore.com.br].

Programação completa: 14 de agosto - Galvanização a Quente (9h às 12h) | 1. Galvanização por Imersão a Quente Geral - Apresentação do processo e aplicações na Indústria Naval | 2. Anodos de Sacrifício - Características dos produtos e suas aplicações na proteção contra corrosão em embarcações e instalações submersas | 3. Galvanização por Imersão a Quente Contínua - Apresentação do processo e aplicações na Indústria Naval.

15 de agosto - Soluções, Construção e Desafios - Soldagem (9 às 13h) | 1.Soluções em Soldagem no Segmento Offshore | 2. Desafios e Soluções na Área Naval e de Offshore | 3. Construção Naval e Plataformas Offshore: Soluções e Aplicações.

Navalshore 2013 [www.ubmnavalshore.com.br] Consagrado como o maior e mais importante evento da indústria naval e offshore da América Latina, a 10ª edição da Navalshore - Marintec South America - Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore - acontece entre os dias 13 e 15 de agosto de 2013, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. Serão mais de 11 mil m² de área de exposição e mais de 350 marcas expositoras de 16 países, reunindo as últimas novidades em produtos e serviços para construção e reparo naval, equipamentos e suprimentos para estaleiros, além de soluções para o setor de petróleo e gás. Paralelamente à feira são realizados a 2ª Série de Workshops Técnicos, ministrados por experts do setor para aprimoramento das estratégias de gestão e produção na indústria naval e offshore, e a 2ª Conferência WorkBoat South America, com mais casos práticos sobre setor de apoio marítimo.

UBM e UBM Brazil [www.ubmbrazil.com.br] No País desde 1994, a UBM Brazil foi a primeira multinacional a entrar no mercado brasileiro de feiras. É uma das 50 subsidiárias da UBM Internacional e, atualmente, a maior organizadora de eventos da América Latina para os setores de transporte de cargas e infraestrutura, responsável pela realização da Intermodal South America, Navalshore - Marintec South America, NT Expo, Infra Portos South America e Concrete Show South America. A UBM Brazil promove, ainda, outras 11 feiras de outros segmentos da indústria, tais comoprodução agrícola, design e fabricação de equipamentos médicos, sistemas embarcados, ingredientes farmacêuticos, ingredientes alimentícios, produtos e ingredientes nutracêuticos e responsabilidade social.

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