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09/08/2013 - 08:05

A “Gameficação” chega à gestão estratégica de pessoas

Lidar com os profissionais da chamada geração Y, aqueles nascidos entre os anos 80 e 90, vem sendo um grande desafio para os departamentos de recursos humanos das empresas. A dificuldade está em como motivar essas pessoas, que cresceram já sob a influência da internet e têm na inconstância, e na inquietude, algumas de suas marcas registradas. A Geração Y quer crescer na empresa, quer ser desafiada, motivada, e tudo isso pra ontem.

Com o passar dos anos, a grande massa de profissionais da geração Y vem alcançando cargos de gerência nas corporações e, em paralelo a esse movimento, novas técnicas vem sendo propostas para a gestão da carreira desses profissionais. Tive a oportunidade de estar presente mais uma vez na ASTD, que é o maior evento de treinamento e desenvolvimento do mundo que ocorre anualmente nos Estados Unidos, e um dos novos temas discutidos foi a “Gameficação” aplicada à gestão estratégica de pessoas.

Para quem não conhece o termo, Gameficação, (ou Gamefication, em inglês) significa o uso dos conceitos e da mecânica utilizada nos “games” para solucionar um determinado problema, ou alcançar um objetivo esperado. Entre as técnicas, estão o estímulo à competição e/ou a colaboração, a utilização de símbolos e recompensas e também o uso de enredos e narrativas para estimular o desenvolvimento de tarefas comuns.

Tais técnicas já vem sendo amplamente utilizadas pelas empresas para fins comerciais, em especial para a fidelização e engajamento de consumidores. A tendência ganhou ainda mais força com a evolução tecnológica e o surgimento dos aplicativos para dispositivos móveis, que permitiram às empresas estar cada vez mais perto de seus clientes (mais precisamente dentro de seus celulares), estimulando-os a baixarem seus jogos e interagirem constantemente com sua marca.

Dentro da gestão de pessoas, o que vem se percebendo é que a Gameficação, apesar da grande resistência em tratar algo até então considerado muito sério e sofisticado como uma “brincadeira”, cai como uma luva nos processos de gestão de desempenho dos profissionais da geração Y. Crescidos sob influência dos videogames e da agilidade proporcionada pela internet, esses profissionais são acostumados a conviver com a competição, e até são motivadas por ela.

No Brasil, a tendência ainda engatinha, mas é natural que ela também ganhe força nos próximos anos. Cabe às empresas e profissionais de RH começarem a se acostumar com a ideia de transformar metas em “fases”, que precisam ser superadas uma de cada vez para que o profissional conquiste seus “escudos”, que são trocados por bônus no final do ano. Ou a chamar o campeão do departamento de vendas de “Vendedor Ninja”, por exemplo. É esperar para ver.

. Por: Sergio Falsarella Junior, sócio-fundador da SER, empresa brasileira especializada em tecnologia para gestão de pessoas

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