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10/08/2013 - 09:03

“O Orkut morreu e o Google esqueceu de enterrar”, afirma estrategista em marketing

Para o especialista Gabriel Rossi, ainda há luz no fim do túnel: “marcas e empresas ainda podem enxergar no Orkut uma forma de pesquisa e aprendizado sobre o consumidor”

Agosto de 2011. Até então o Orkut era a maior rede social na internet brasileira. Já estava em situação de apreensão, mas ainda tinha dezenas de milhões de seguidores. Dois anos depois, contrariando expectativas, ela ainda existe. Mas, segundo o estrategista em marketing Gabriel Rossi, simplesmente “morreu. E o Google, seu proprietário, esqueceu de enterrá-lo“.

A queda mais forte do Orkut ocorreu em 2012, quando o gosto e a popularidade do Facebook cresceram de forma a diminuir em 95,6% a participação do Brasil em acessos fixos na rede do Google, segundo os dados da Experian Hitwise. “A culpa é exclusivamente da falta de comprometimento da organização com relação à identidade da rede social. O Google já não é uma empresa tão nova e sua missão como marca deixa bem claro a irrelevância do Orkut em sua estratégia corporativa: organizar a informação do mundo”, comenta Rossi.

De acordo com o especialista, o alcance do Facebook sobre os antigos usuários do Orkut se deve à modernização e o constante acompanhamento dos heavy users das redes sociais. “Veremos cada vez mais a migração da classe C e da nova classe média para o Facebook, já que o mesmo flexibilizou a navegação, melhorou a customização cultural para os brasileiros. Sem falar que tornou-se um fenômeno cultural na grande maioria dos países do mundo. A estratégia do Facebook é construir uma internet dentro da internet”, completa.

Diferentemente da rede de Mark Zuckerberg, o Orkut carece de estratégia, na visão de Rossi: tudo ficou parado no tempo sem acompanhar a velocidade de mudança do internauta moderno. “O maior erro do Orkut foi não se preocupar com a autenticidade dos perfis na rede. A quantidade de fakes desmoraliza o ambiente e cria uma massa grande de irrelevância e ofertas promocionais abusivas”, acusa o estrategista.

Mesmo com a situação, Rossi consegue ver uma luz no fim do túnel para a utilização da antiga rede social número um entre os brasileiros. “Marcas e empresas ainda podem enxergar no Orkut uma excelente forma de pesquisa e aprendizado sobre o consumidor. Há diversos dados e rastros de comportamento deixados em anos de interatividade na rede. Tudo isso deve ser investigado, organizado e analisado”, finaliza.

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