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10/08/2013 - 09:14

30 anos de evolução do mercado musical na Expomusic

Setor cresceu 466% nas últimas três décadas no País.

Em 1983, quando aconteceu a primeira edição da Expomusic, a Feira Internacional da Música, promovida pela Abemúsica e Francal Feiras, o The Police estava no topo das paradas de sucesso internacionais com os hits Every Breath you Take e King of Pain. O U2 celebrava o hit New Year’s Day e o Duran Duran estava Hungry Like the Wolf. David Bowie lançava a China Girl.

No Brasil, o maior sucesso era Ritchie com sua Menina Veneno. A banda Blitz estava A Dois Passos do Paraíso e Tim Maia tinha duas canções bombadas no repertório: Me Dê Motivo e Vale Tudo, esta gravada com Sandra de Sá. Elba Ramalho se esbaldava em seu Banho de Cheiro enquanto Ney Matogrosso torcia Pro Dia Nascer Feliz. Os roqueiros tinham cabelos compridos e muito repicados e Michael Jackson já era forte referência da música pop tendo Billie Jean e Beat It entre as músicas mais executadas no mundo.

Muitas das canções que faziam sucesso nos anos 80 continuam agradando o público ainda hoje, assim como os instrumentos musicais acústicos – violões, baterias, pianos e sopros - que não apresentaram muitas modificações nos últimos 30 anos. Já no que se refere às tendências musicais, demais instrumentos e aparelhos eletrônicos, muita evolução pode ser notada nestas três décadas. A tecnologia trouxe para o setor musical novos elementos e também desafios.

Nos anos 80, o LPrespondia por 59% das vendas, hoje representa apenas 1,3%. O sucessor do vinil, o CD, tem 49,1% do mercado e vem perdendo espaço dia após dia para os downloads legais e serviços de música online. Há 30 anos poucos imaginariam que um dia comprariam música pelo celular.

“Em termos de instrumentos e equipamentos, nos anos 80 a reserva de mercado restringia muito o trabalho dos músicos brasileiros, que tinham à disposição produtos de fabricação nacional com preços altos e qualidade inferior aos encontrados fora do País”, conta Northon Vanalli, técnico em produto da Sonotec, empresa responsável por trazer ao Brasil instrumentos de cordas, percussão e acessórios de marcas mundiais como Takamine, Strinberg, Gretsch, Ovation, Karsect, Genz-Benz, entre outras.

Nos anos 90, a abertura de mercado trouxe profundas mudanças no cenário musical brasileiro. Nasceram grandes importadoras que passaram a trazer ao País itens de marcas consagradas. “Surgiram importantes polos de compras como a Rua Santa Efigênia e a Teodoro Sampaio em São Paulo, além da Rua da Carioca no Rio de Janeiro”, rememora Emil Casseb, gerente do Departamento de Áudio da Yamaha Musical do Brasil.

A partir dos anos 2000 a internet e os recursos eletrônicos trouxeram profundas mudanças ao setor. As novas tecnologias possibilitaram aos músicos explorarem novos sons e estilos. “Pode-se dizer que é graças à tecnologia que foram abertos inúmeros campos no estilo musical”, diz Takao Shirahata, diretor da Roland do Brasil

Com tanto acesso à informação, até a maneira de consumir música mudou. A ‘vida útil’ de uma música é bem mais curta. “Os sucessos ‘cansam’ com mais facilidade e os grandes artistas precisam encontrar alternativas para manterem-se em alta”, observa Edilson Coutinho, técnico em produto da Sonotec. Por outro lado, também os instrumentos musicais e acessórios precisam ser atualizados constantemente, alterando modelos, inserindo novas cores e mantendo bons preços – tudo isso com o objetivo de atrair e manter o consumidor.

Esta voracidade de renovação exigida hoje no setor musical se reflete também no faturamento das empresas ligadas a ele. Nos anos 80, o setor musical movimentava R$ 150 milhões. Em 2013, a previsão é de que fature R$ 700 milhões no País. O perfil do público também mudou. Os músicos e fãs de rock continuam sendo os principais consumidores de instrumentos e equipamentos musicais, mas agora também engrossam este coro os evangélicos e os músicos de pagode.

Segundo Synésio Batista da Costa, presidente da Abemúsica - Associação Brasileira da Música, o varejo da música tem faturamento anual superior a R$ 1 bilhão. “As vendas das empresas vem crescendo em torno de 10% ao ano na última década. São resultados promissores para um segmento que lida muito com as oscilações cambiais, visto que os fabricantes nacionais representam 10% da composição do faturamento anual.”

Para Abdala Jamil Abdala, presidente da Francal Feiras, promotora que organiza a feira junto com a Abemúsica, a Expomusic tem papel fundamental nos bons resultados do setor por reunir toda a cadeia do mercado de instrumentos e equipamentos musicais. “A Expomusic é um evento do qual nos orgulhamos muito, tanto pela resposta positiva que recebemos dos expositores como pela assiduidade e paixão demonstrada pelo público. Não tenho dúvidas de que teremos mais de 30 anos pela frente de novas edições desta feira.”

Expomusic 2013 – 30ª. Feira Internacional da Música, Instrumentos Musicais, Áudio, Iluminação e Acessórios, de 18 a 22 de setembro de 2013, das 11h às 21h (dia 22, das 11h às 19h), dias 18 a 19, , na Expo Center Norte. A feira é restrita a profissionais do setor com convite ou crachá. Dias 20 a 22, o evento é aberto ao público em geral mediante compra de ingresso. Entram sem pagar nesses dias somente compradores e músicos com crachá. Ingresso: R$ 20,00. Crianças com idade até 12 anos, maiores de 60 anos e deficientes físicos têm acesso gratuito. Promoção: Francal Feiras. Patrocínio: Abemúsica – Associação Brasileira da Música.[www.expomusic.com.br] Twitter: @feiraexpomusic |Facebook: Feira Expomusic |Google +: Expomusic.

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