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13/08/2013 - 08:16

Fusões e aquisições: a união que faz a força

O mercado de fusões e aquisições mostra sinais de que não está adormecido e registrou, nos primeiros seis meses do ano, 365 transações. Tradicionalmente, no Brasil, o segmento possui como alvo dos investidores aquisições majoritárias. Em segundo lugar, temos compras de participação minoritárias e, em terceiro, fusões.

O setor de TI avança em 2013 e lidera o ranking “TOP 10” com os setores mais ativos do período. “Crescer por meio de fusão e aquisição volta a ser tendência no mercado devido à grande competitividade da área. Ter uma estrutura pequena competindo com as grandes empresas é muito difícil, o que leva os empresários a optarem por ter uma pequena parte de um negócio maior, mesmo que isso signifique perder sua marca, como acontece em alguns casos, onde permanece o nome de só uma das empresas envolvidas”, destaca Leonardo Bortoletto, vice-presidente executivo e de inteligência digital da Sucesu Minas – Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações de Minas Gerais.

Gigantes surgem com as fusões-A francesa Publicis Groupe e a americana Omnicon anunciaram, no fim de julho, uma fusão histórica. Com o acordo, a Omnicon e a Publicis – ex-segundo e terceiro lugar, respectivamente – superam a britânica WWP como maior grupo de publicidade do mundo. O gigante já nasce com 130 mil empregados e valor de mercado estimado em 35,1 bilhões de dólares.

A Omnicon surgiu em 1986, fruto de outras fusões. Entre seus clientes estão Visa, McDonald’s, Starbucks e General Electric. O grupo fechou 2012 com uma receita bruta de 14 bilhões de dólares – metade dela proveniente do mercado americano. O lucro foi de 998 milhões (4,7% a mais do que em 2011). Já a Publicis nasceu em 1926 e está presente em mais de 108 países. Além da agência que leva seu nome, o grupo tem no seu portfólio marcas importantes como Leo Burnett, Razorfish e Saatchi & Saatchi e atende clientes como Sony, Nestlé, Citi, Habib’s e SBT no Brasil. No ano passado, o lucro do grupo chegou a 737 milhões de euros.

A companhia será co-presidida pelos presidentes executivos dos dois grupos – Maurice Lévy (Publicis) e John Wren (Omnicom) – e espera obter meio bilhão de dólares nos próximos anos em ganhos de escala e eficiência. Os papéis serão negociados em Paris e Nova York, onde o grupo manterá suas sedes.

Quem passou pelo processo-Na opinião do executivo Roberto Francisco de Souza, diretor geral da Plansis Planejamentos e Sistemas, pioneira em um processo de fusão com a KLCDATA, o maior inimigo de um empresário é a vaidade, pois, marcas nascem e morrem e, mesmo quando representaram algo mais que apenas uma empresa no mercado, quando representaram uma cultura, elas permanecem como registro para aqueles que querem se espelhar nelas. “Uma marca é o sinal de um tempo. Não morre com a venda se realmente tiver valido alguma coisa. Portanto, o sumiço da marca só é traumático para os vaidosos de plantão”, avalia Roberto, que destaca ainda ser preciso levar em conta a maior vantagem desse tipo de negociação: a potencialização de resultados.

“Você mantém uma única estrutura, fica com o potencial das duas marcas, com o mercado das duas marcas e, portanto, aumenta seus resultados, particularmente seu EBTIDA (indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto e pelos analistas de mercado que significa lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização)”, afirma Roberto Souza.

O executivo considera ainda que o processo de fusão em si, que durou cerca de um ano, transcorreu tranquilamente. Porém, os processos seguintes de aculturação foram, na verdade, os mais complexos, e aumentam de acordo com o tamanho da empresa. Por isso, ele recomenda a assessoria de uma consultoria especializada no assunto, sobretudo em fusões de grande porte.

Consultoria especializada-Sabendo da complexidade que envolve uma operação dessa natureza, consultorias financeiras voltadas para fusões e aquisições, como é o caso da Investor Consulting Partners, são importantes para orientar e acompanhar o processo, com preparação e intermediação de toda a negociação com outras empresas ou até fundos de investimento. Os trabalhos envolvem desde a valorização do negócio (via elaboração de Laudos de Valoração, ou Valuation), até a prospecção e contato com os investidores estratégicos.

“É muito importante que a empresa possua esse tipo de auxilio para as negociações, pois, além de poucas terem conhecimentos aprofundados nestas operações complexas, o auxílio de uma consultoria faz com que não haja necessidade dos gestores e sócios se desvirtuarem da operação da própria empresa. Eles continuam tocando o negócio enquanto a operação é feita em paralelo, garantindo, portanto, mais confiabilidade e conforto para ambas as partes”, explica Rodrigo Oliveira, diretor da Investor Consulting Partners. A Investor é uma boutique de consultoria em negócios, com escritórios em Belo Horizonte (MG) e em Maputo (Moçambique), que atua nas áreas de investimentos (fusões e aquisições- M&A), finanças e estratégia.

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