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15/08/2013 - 08:04

Foton Aumark do Brasil e o Governo do Rio Grande do Sul assinam protocolo para construção da fábrica em Guaíba


(esq./dir.) Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente da Foton Aumark do Brasil; ao seu lado, Tarso Genro, governador do Estado do Rio Grande do Sul, no momento da assinatura do protocolo para construção da fábrica da Foton em Guaíba

A Foton Aumark do Brasil, representante no País para caminhões leves, médios e pesados da fabricante chinesa Beiqi Foton Motor Co. Ltd., assinou com o Governo do Rio Grande do Sul Protocolo de Intenções para a construção de sua fábrica de caminhões no município de Guaíba, na região da Grande Porto Alegre.

O documento foi assinado no dia 13 de agosto (terça-feira), em solenidade no Palácio Piratini, sede do Governo Gaúcho, pelo presidente da Foton Aumark do Brasil, Luiz Carlos Mendonça de Barros e o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro.

“Estamos seguros da decisão que tomamos. O Estado do Rio Grande do Sul possui vocação para o setor automotivo e a conclusão das negociações com o governador Tarso Genro e com sua equipe me dá a certeza de que esse investimento trará muitos benefícios para o Estado e para o Brasil. Posso assegurar que muito ainda está por vir a partir desse empreendimento”, afirma Mendonça de Barros.

As obras para construção da fábrica terão início ainda neste ano e a previsão é que o primeiro caminhão brasileiro da marca deixe a linha de montagem em Guaíba no início de 2016. Até lá, a empresa continuará importando da matriz chinesa em Beijing, os modelos de 3,5 até 10 toneladas de PBT. Neste período, a Foton Aumark do Brasil continuará o processo de expansão de sua Rede de Concessionárias para os caminhões da marca.

Com investimentos iniciais dimensionados em 250 milhões de reais, a fábrica ocupará um terreno de um milhão e quinhentos mil metros quadrados, dos quais um terço da área serão reservados para a instalação de fornecedores no “site”. Com capacidade instalada de 21 mil caminhões por ano em um turno, a fábrica montará veículos de 3,5 até 24 toneladas, com gradativa expansão de “line up”. Os veículos possuem cronograma de nacionalização definido e inicialmente a produção deverá ocorrer com 15% de conteúdo local, crescendo até atingir índice de 65%, em três anos.

De acordo com Mendonça de Barros, o processo para a instalação de uma fábrica de grande porte no Brasil exige avaliação de diversos quesitos técnicos, operacionais, logísticos e ambientais. Pelas dimensões continentais do País é natural a avaliação de diversos Estados que reúnem todas as condições favoráveis à instalação de uma fábrica do setor automotivo.

A decisão final pelo Estado do Rio Grande do Sul ocorre após longa negociação com naturais interrupções do processo. Isso fez com que a Foton Aumark do Brasil, em função da urgência em cumprir seu cronograma de instalação de fábrica no País, avançasse nas negociações com o Estado do Rio de Janeiro e anunciasse intenção de construir a fábrica no Estado fluminense. Contudo, uma dificuldade em encontrar um terreno adequado para acomodar o projeto inviabilizou a continuidade das conversas com o Rio de Janeiro e permitiu que os pontos pendentes com o Rio Grande do Sul pudessem ser resolvidos rapidamente.

“Nosso relacionamento com o Rio de Janeiro continua muito bom e será sempre positivo. Estamos satisfeitos com a conclusão das negociações com o Rio Grande do Sul. Temos um compromisso com nossa matriz, com prazo definido, para a construção de nossa fábrica no País e não podemos atrasar nosso cronograma para produzir localmente os veículos da marca", afirma Orlando Merluzzi, vice-presidente corporativo da Foton Aumark do Brasil.

A Foton na China produz caminhões “premium” com as famílias Aumark e Aumam e são esses modelos que integrarão as versões brasileiras da marca.

A Foton Caminhões- A Foton Aumark do Brasil é responsável pela importação e distribuição dos caminhões da marca Foton no País. Além disso, responde também pelo fornecimento das autopeças e por todos os serviços de pós-venda, incluindo as revisões e manutenções.

Na China, a Foton Motor Group, fundada em 1996, no distrito de Changping, Pequim, conta com mais de 100 mil funcionários e possui joint ventures firmadas com companhias importantes, como a Cummins e a Daimler, sendo apontada como a maior e uma das mais valiosas companhias chinesas.

“Essa situação é absolutamente inédita”, avalia o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Julio Bueno, que recebeu com perplexidade a notícia de que o projeto brasileiro para construir uma montadora de caminhões leves da chinesa Foton no Rio de Janeiro foi suspenso. O projeto contaria com investimentos de R$ 250 milhões e geraria 400 empregos, conforme anunciado pelo sócio brasileiro do empreendimento, Luiz Carlos Mendonça de Barros, na imprensa e confirmado em entrevista coletiva conjunta com o governo do Estado do Rio no dia 8 de julho.

De acordo com o secretário, todas as solicitações feitas pela empresa para se instalar no Estado estavam sendo negociadas e não havia motivos aparentes para que ela voltasse atrás em sua decisão de construir no Rio de Janeiro sua primeira unidade brasileira.

“Estávamos com tudo absolutamente encadeado. Todas as tratativas para finalizar o protocolo de intenções estavam avançadas”, disse.

No protocolo constariam detalhadamente as condições da participação do Estado no projeto e o aporte no empreendimento. O Estado do Rio doaria o terreno e faria empréstimo ponte de R$ 45 milhões, além de participar como sócio do projeto. Também seriam concedidos incentivos tributários à semelhança do que os oferecidos pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Também já estava acertada para a próxima segunda-feira uma missão, encabeçada pelo secretário Julio Bueno, para visita à fábrica da Foton, na China, onde seria assinado o protocolo de intenções com consentimento dos chineses.

O secretário ainda destaca que é de praxe em negociações semelhantes com investidores quaisquer – e em especial entre as montadoras de automóveis, que travam disputa acirrada para entrar no mercado brasileiro – que haja o absoluto sigilo no período em que estão em andamento discussões sobre a infraestrutura e benefícios financeiros e tributários oferecidos pelos estados competidores. Somente após a decisão tomada pelo investidor e já tendo informado os demais estados sobre sua opção é que o anúncio público do empreendimento é feito oficialmente.

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