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16/08/2013 - 07:42

Zumbido e tontura: incômodos que podem aparecer juntos

Segundo a especialista em zumbido no ouvido, Tanit Ganz Sanchez, doenças de várias partes do corpo podem causar a tontura e o zumbido.

Quem nunca sofreu com um apito infernal nos ouvidos ou uma tontura que impede de fazer o que se quer? É alarmante a quantidade de pessoas que sofrem com zumbido no ouvido, ou tinnitus. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), são 278 milhões no mundo e os brasileiros representam pouco mais de 10% desse montante.

O zumbido é a ausência constante de silêncio, pois um som persistente - apito, chiado, cigarra, grilo, abelha, cachoeira, reator de luz, panela de pressão, escape de ar, etc – pode ser percebido nos ouvidos ou na cabeça dos pacientes, especialmente nos momentos de silêncio.

Como se já não fosse suficientemente desagradável por causar insônia, dificuldade de concentração, ansiedade e depressão, cerca de 40% deles ainda têm um outro problema: a tontura, informa Dra. Tanit Ganz Sanchez, presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ) e diretora-presidente do Instituto Ganz Sanchez.

Para a médica, que há 19 anos atua como otorrinolaringologista focada no diagnóstico e tratamento desses sintomas, não há relação de causa e efeito entre o zumbido e a tontura, mas a presença de ambos no mesmo paciente tem ainda mais poder para prejudicar a qualidade de vida. “Quando um paciente tem zumbido e tontura, significa que a causa é mais agressiva e está atacando dois terrenos vizinhos dentro do ouvido interno: a cóclea – órgão da audição – e o labirinto – órgão do equilíbrio. Por isso, é necessária mais ênfase para combater os inimigos do ouvido, sejam eles problemas metabólicos, vasculares, emocionais ou posturais”, explica.

Em resumo, os problemas metabólicos referem-se ao jejum prolongado, abuso de cafeína, e doces. As doenças sistêmicas que causam zumbido e tontura são a hipertensão, diabetes ou pré-diabetes, colesterol e triglicérides altos, hipotireoidismo, menopausa e andropausa. Fatores psicológicos como a ansiedade e a depressão, além dos posturais, envolvendo pescoço e articulação temporomandibular também podem influenciar o ouvido e causar os mesmos sintomas.

A doutora afirma ainda que os dois interferem na qualidade de vida das pessoas: “O zumbido atrapalha principalmente à noite, por causa do silêncio do quarto de dormir, mas também pode incomodar durante o dia, pois tira a concentração para a leitura dos estudos ou trabalho, limita a vida social e muda o equilíbrio emocional da pessoa. A tontura dificulta realizar as atividades corriqueiras como locomover-se, arrumar a casa, dirigir, dentre outros. Além desse desconforto absolutamente compreensível, o paciente com ambos os sintomas ainda tem um diferencial em relação a quem tem só o zumbido: ele sente-se muito mais medo e insegurança de exercer sua vida normal por não saber quando terá tontura a próxima vez. Se qualquer um deles já é ruim, imaginas ambos juntos! Assim, a forma correta de descobrir o que se tem e melhorar é procurar os possíveis culpados o quanto antes com uma avaliação médica minuciosa” ressalta dra. Tanit.

Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ). Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios do zumbido e foi pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias. Possui experiência de 11 anos na coordenação de Grupos de Apoio.

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