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16/08/2013 - 08:49

Os índios querem produzir? À custa de quem?

Ultimamente temos visto inúmeras batalhas campais por terras no Brasil. Quem tem razão? Os índios ou os produtores? Muitos acreditam fielmente em discursos carregados de ideologia e poucas informações. Os aficionados gritam: “As terras são deles e não dos produtores”.

Será que as nossas casas e terrenos um dia não foram de índios ou camponeses? E agora, devolvemos? Não entendemos como podemos simplesmente retirar terras hoje agricultáveis e transformá-las em terras indígenas. Será que os índios não possuem grandes áreas? Se fizermos um simples exemplo com áreas que hoje no Brasil são destinadas aos indígenas, vemos que cada índio é dono de 200 hectares. Não seria o suficiente? Possuem tantos benefícios do governo! O respeito deve ser mutuo e não deve ter lado. Alguns dados mostram que as terras agricultáveis estão diminuindo ano a ano. E de fato estão! Se temos quase 300 milhões de terras agricultáveis, em poucos anos teremos no máximo 200 milhões. Para se ter uma ideia hoje temos mais de 60% do território do Brasil preservado. Até onde iremos com isso? Os discursos inflamados de que hoje um produtor deve preservar de 50% a 80% de sua área, sem receber nada por isso, inclusive pagar ao governo, é correto? Não dá mais para aceitar, já está na hora de uma bancada ruralista, de entidades do setor, dos produtores, das pessoas que vivem nos campos, todos se levantarem e exigir o que é de direito e respeito! Não podemos deixar que a situação fique semelhante a nossa vizinha Argentina. Imaginem se o produtor brasileiro acordasse, fizesse uma reserva de dividendos e parasse por pelo menos três meses? O que aconteceria? Certamente estes que hoje defendem o tudo pelo todo, iriam suplicar para que produzirmos alimentos.

O fato é que muitos dizem para desapropriar terras antes compradas e registradas conforme a lei para que coloquemos índios e sem terras (MST) nestas propriedades. Para que? Para continuar produzindo ou para ver muitos venderem e até mesmo arrendarem estas terras? Onde está o controle destes assentamentos? Acredito que muitos têm vontade de fazer o bem, mas muitos são oportunistas de carteirinha e se aproveitam da fragilidade do processo.

Bom, de tudo isso temos que tirar alguma lição: nossos maiores heróis estão frágeis, sem segurança jurídica, acuados, poucos os defendem. Por mais erros que já tenham cometido, não podemos compactuar com essas barbaridades que estão ocorrendo em muitos locais do Brasil – de Norte a Sul. Uma nova onda deve ser vista por líderes do setor agro, talvez um novo tratoração, talvez uma greve no campo. Enfim, o que não podemos continuar vendo é injustiça sendo feita para quem sustenta o Brasil e ainda mantém este país sem fome! Líderes do agro: pensem nisso! O Brasil não é terra de índio, mas sim de todos os brasileiros.

A ANDEFedu é a área da ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal) destinada à educação, que se dedica a planejar, organizar, inovar, desenvolver novas formas de educar e levar a responsabilidade socioambiental e as boas práticas agrícolas aos campos brasileiros.

Sua missão é atingir, incentivar e ser referência ao empresário rural, a pesquisadores e à sociedade brasileira, por meio de métodos que formem multiplicadores da sustentabilidade, visando a uma agricultura forte e sustentável para o país. Para isso, a ANDEFedu produz há mais de 39 anos conhecimento técnico-científico e melhores recursos para adoção de boas práticas agrícolas na agricultura.

Por esse trabalho de cooperação e a constante busca por melhores técnicas, a ANDEF e suas associadas se encontram em lugar de destaque no meio rural e acadêmico. Seu pioneirismo, sua criatividade, seu ímpeto, possibilitam diversos e excelentes resultados ao empresário rural do Brasil: novas tecnologias, responsabilidade socioambiental, conhecimento, informação, produtos altamente eficazes e, acima de tudo, educação à família rural.

.Por: José Annes Marinho, Engenheiro Agrônomo, Gerente de Educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal – ANDEF.

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