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17/08/2013 - 08:23

Oncoplástica ajuda a restaurar o seio após câncer mamário


A reconstrução mamária acompanhou a evolução nos tratamentos da doença e, hoje é um dos segmentos da cirurgia plástica que mais se desenvolveram nos últimos anos. Técnica que pode ser realizada durante ou após a mastectomia é considerada o progresso científico a favor da estética e bem-estar feminino.

Uma das grandes vaidades da mulher reside nos seios, pois eles simbolizam tanto o lado sensual quanto o maternal, por isso estão fortemente associados com a feminilidade. No entanto, o diagnóstico de câncer de mama associado à necessidade de remoção de partes da mama ou da remoção completa de uma ou das duas, causa uma grande fragilidade emocional e alterações físicas visíveis, afetando significativamente a autoestima feminina.

Entretanto, o contínuo avanço da medicina e um maior intercâmbio de informações entre o mastologista e o cirurgião plástico têm promovido um planejamento plástico pré-operatório muito expressivo que visa favorecer o resultado estético final para a paciente, por meio da Cirurgia Oncoplástica.

Tratamento oncológico x Correção estética-De acordo com a cirurgiã plástica Dra. Maria Carolina Coutinho (CRM-SP 113491), Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras/Regional São Paulo e integrante do corpo clínico dos Hospitais HCor, Santa Catarina, São Luiz e Pérola Byington, os principais avanços na cirurgia oncoplástica devem-se ao aprimoramento das técnicas de mastectomia com preservação de pele (skin sparing mastectomy), bem como avanços na técnica de adenomastectomia (extração das glândulas mamarias) com biópsia intra operatória do complexo aréolo papilar, mamilo e aréola, permitindo que seja realizada a reconstrução somente do conteúdo interno da mama para que suas características externas sejam preservadas. A utilização de quimioterapia pré-operatória para reduzir o tamanho do tumor também é um fator determinante para a melhoria das reconstruções, porque ajuda a poupar a pele ao redor da área afetada.

A médica relata ainda que outro fator de influência positiva foi o aprimoramento de técnicas de microcirurgia que possibilita reduzir as sequelas nas áreas doadoras de retalhos quando esses são necessários. “A constante renovação das tecnologias de próteses, expansores e próteses expansoras é mais um ponto fundamental para a melhoria das reconstruções e diminuição da sua morbidade”.

O desenvolvimento e aprimoramento do tratamento oncológico associado à correção estética da agressão cirúrgica representa uma conquista no tratamento do câncer porque auxilia a reduzir a mutilação da mulher, possibilitando que ela tenha uma vida social e sexual normal, apesar da doença. “Isso inclusive aumenta a adesão ao tratamento”, afirma a Dra. Maria Carolina Coutinho.

Atuação multiprofissional-Dentro do conceito de tratamento multiprofissional, a atuação conjunta do cirurgião plástico com o mastologista, antes, durante e após a cirurgia é fundamental na obtenção dos melhores resultados de saúde e estéticos para a mulher. “O tratamento oncoplástico pode ser expandido ou mantido até o ponto em que não interfira no objetivo primordial da terapêutica, assim como os procedimentos cirúrgicos para reconstrução mamária não devem atrasar ou atrapalhar o início da quimioterapia e/ou radioterapia”, alerta a especialista.

De acordo com a Dra. Maria Carolina, a cirurgia oncoplástica não tem nenhum impacto em relação à cura diretamente. “Esta técnica ajuda a melhorar globalmente a vida da paciente. O tratamento sistêmico, o diagnóstico precoce com intervenção cirúrgica rápida são os fatores que trazem avanços em direção à cura. A oncoplastia contribui para um resultado mais satisfatório na reconstrução mamaria por meio de um arsenal de técnica cirúrgica e implantes disponíveis, que são aplicados a cada caso individualmente”.

Indicação x resultado final-A mulher que é candidata à realização da oncoplástica deve estar em boas condições clínicas – não apresentar doenças como hipertensão e diabetes descompensadas. Pacientes obesas e tabagistas não são boas candidatas, uma vez que há maior risco de complicações locais e sistêmicas. “Em todos os casos sempre são pesados os riscos e os benefícios e a decisão é tomada com a paciente. Tumores avançados também são aspectos de contraindicação para a reconstrução imediata, e tumores que necessitarão de radioterapia pós-operatória devem ser discutidos caso a caso”, explica Dra. Maria Carolina Coutinho.

Afinal, como a oncoplástica pode contribuir para um melhor resultado final na reconstrução da mama? ”A aplicação de técnicas de oncoplástica no momento da cirurgia do câncer permite um resultado estético mais refinado do que a simples retirada do tumor ou da mama. As cicatrizes são melhor posicionadas e há a possibilidade de preencher a região que foi extraída, quando não houve a retirada completa da mama. Assim, a mulher não fica com a sensação de mutilação ou repercussões negativas na imagem corporal e na qualidade de vida, uma vez que o método ajuda a manter sua feminilidade”, finaliza a médica.

Perfil Dra. Maria Carolina Coutinho (CRM-SP 113491)-Graduada em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) é Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras/Regional São Paulo, tem foco de atuação em Mama, Reconstrução Mamária e transplante de pele em queimados. Como cirurgiã plástica também realiza procedimentos de contorno corporal, otoplastia e pálpebras. Além de integrar o corpo clínico dos Hospitais HCor, Santa Catarina e São Luiz, a Dra. Carolina Coutinho também atua nos hospitais Pérola Byington, na área de Reconstrução Mamária e nas Unidades de Queimados do Hospital São Paulo (Unifesp) e da Santa Casa de Limeira, interior de São Paulo. [www.mariacarolinacoutinho.com.br].

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