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20/08/2013 - 08:19

Produção de pneus aumenta 6,7% no primeiro semestre de 2013

E ainda enfrenta concorrência com os produtos importados.

No primeiro semestre deste ano a produção de pneus aumentou 6,7% em relação ao mesmo período de 2012, passando de 31,68 para 33,79 milhões de unidades de acordo com os dados da ANIP, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos.

"Nosso setor está acompanhando a expansão do setor automotivo e para este ano a expectativa é voltar a produzir um volume igual ou superior ao de 2010, quando foram fabricados no país 67,3 milhões de unidades. Esse número caiu em 2011 e 2012, devido ao câmbio favorável às importações, ao lado de outros aspectos que reduzem nossa competitividade interna e externa", comenta Alberto Mayer, presidente da ANIP. Ele explica que a indústria brasileira tem custos maiores do que competidores de outros países, por razões tributárias, de logística, burocráticas e outras, além da relação real-dólar ter dificultado as exportações.

A mudança da relação dólar-real ocorrida nos últimos meses é vista como positiva para o setor de pneus pelo presidente da ANIP, por aumentar a competitividade do produto brasileiro no mercado nacional e nas exportações. No entanto, Alberto Mayer ressalta que ele também traz um impacto negativo sobre o custo das matérias primas importadas, que representam cerca de 70% do total de insumos usados na produção.

Balança Comercial continua negativa-No total dos primeiros seis meses de 2013 as importações de pneus cresceram 21,4%, atingindo 14,42 milhões de unidades ante 11,88 milhões no mesmo período de 2012, não incluindo os destinados a veículos de duas rodas. Enquanto isso as exportações tiveram queda de 10,7%, com a venda externa de 6,17 milhões de unidades, comparadas com 6,92 milhões no primeiro semestre de 2012. "Reconhecemos o impacto positivo da valorização do dólar face ao real na competitividade dos produtores brasileiros, mas isso não foi suficiente para compensar as vantagens de fabricantes de outros países. Por essa razão temos nos reunido com o Governo para avaliar medidas que possibilitem reverter o desequilíbrio na Balança Comercial, que a partir de 2010 ficou desfavorável ao país", acrescenta Alberto Mayer. Ele destaca que tem tido boa receptividade do Governo Federal na discussão de propostas para aumentar a competitividade da in dústria brasileira.

Vendas-No período janeiro a junho de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior as vendas de pneus fabricados no Brasil apresentaram um aumento superior ao da produção, com crescimento de 7,9%, passando de 33,45 para 36,09 milhões de unidades. No mercado de reposição a indústria brasileira expandiu suas vendas em 13% no mesmo período, passando de 16,33 para 18,45 milhões de unidades. Já as vendas para montadoras se expandiram em 12,3%, passando de 10,21 para 11,46 milhões de unidades no mesmo período.

O maior crescimento entre os vários tipos de pneus foi das vendas na categoria industrial, com expansão de 65,8%, atingindo quase um milhão de unidades. A categoria agrícola ficou em segundo lugar com 18,7% de expansão, passando de 403,35 para 478,67 milhões de unidades, o que mostra a continuidade do bom desempenho do setor agro no país, segundo o presidente da ANIP.

As demais categorias: .Categoria Passeio 16,45 para 17.68 milhões de unidades - aumento de 7,5% |. Camioneta 4,23 para 4,90 milhões - aumento de 15,8% |.Carga 3,72 para 4,25 milhões - aumento de 14,4% e 183 mil t recolhidas para reciclagem.

O processo de coleta de pneus inservíveis, a maior operação de logística reversa do país, é realizado pela Reciclanip, entidade sem fins lucrativos mantida pela indústria do setor. No primeiro semestre de 2013 foram recolhidas 183 mil toneladas de pneus inservíveis, quantia que equivale a 36,6 milhões de unidades de pneus de carros de passeio. "Temos hoje mais de 800 pontos de coleta espalhados por todos os estados brasileiros. Para retirar o produto descartado nesses locais contamos, em média, com 60 caminhões transitando diariamente durante todo o ano", afirma o presidente da ANIP.

A principal destinação destes pneus são as fábricas de cimento que utilizam os pneus inservíveis como combustível alternativo, para o que precisam dispor de filtros especiais. Outras destinações consideradas legalmente adequadas e aprovadas pelo IBAMA são empresas de moagem e processamento para produção de artefatos ou produção de asfalto borracha.

Emprego-O nível de emprego no setor apresentou leve crescimento com geração de 744 novos empregos diretos (+1,75%), ampliando o quadro de funcionários das empresas para 26.878 contratados.

A ANIP -Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos [www.anip.org.br], fundada em 1960, representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, que compreende dez empresas e 17 fábricas instaladas nos Estados de São Paulo (sete), Rio de Janeiro (três), Rio Grande do Sul (duas), Bahia (três), Paraná (uma) e Amazona (uma). Ao todo, responde por 26 mil empregos diretos e 120 mil indiretos. O setor é apoiado por uma rede com mais de 4.500 pontos de venda no Brasil com 40 mil empregos. Em 2007 a ANIP criou a Reciclanip, voltada para a coleta e destinação de pneus inservíveis no País. Originária do Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, de 1999, a Reciclanip é considerada uma das principais iniciativas na área de pós-consumo da indústria brasileira, por reunir mais de 800 pontos de coleta no Brasil. Desde 1999, quando começou a coleta dos pneus inservíveis pelos fabricantes, mais de 2,37 milhões de toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 474 milhões de pneus de passeio, foram coletados e destinados adequadamente.

Prêmio - E - O trabalho de coleta e destinação de pneus inservíveis realizado pela ANIP/ Reciclanip recebeu um reconhecimento da Unesco, o Prêmio-E na categoria "Economia", entregue durante a durante a Rio+20, realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro. A premiação, em sua 1ª edição, integrou a programação oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de reconhecer as iniciativas socioambientais mais representativas dos últimos 20 anos, executadas após a ECO-92. Idealizada por Oscar Metsavaht, embaixador da Boa Vontade da Unesco, o prêmio é uma parceria do Instituto-E [www.institutoe.org.br/premioe], Prefeitura do Rio de Janeiro e Unesco.

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