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21/08/2013 - 10:37

Indústria do Aço no Brasil sem previsão de crescimento em 2013, aponta IABr


E o segmento tem preocupações com o mercado, que passam pela falta de correção nas assimetrias competitivas, a perda ainda mais na competitividade sistêmica.: os desafios para o desenvolvimento econômico nacional que passam pela falta de conexões na medida em que as empresas dos segmentos perdem a dinâmica das cadeias de negócios abrangendo fatores estruturais, tecnológicos, socioeconômicos, de regulamentação e institucionais. Com a falta de incentivos, e de uma verdadeira política de conteúdo nacional, a indústria de base perde força e se instala o perigo da desindustrialização no país.

Os levantamentos demonstram um cenário fraco no crescimento da demanda interna, estimativas anunciadas no dia 20 de agosto (terça-feira), em coletiva de imprensa pelo Instituto Aço Brasil (IABr), que revisou as perspectivas para o fechamento do ano de 2013. A produção de aço bruto deverá atingir 34,5 milhões de toneladas, aproximadamente o mesmo número em relação a 2012.

De acordo com o presidente executivo do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, as exportações do aço brasileiro devem ser de 8,5 milhões de toneladas em 2013, queda de 13,0% em relação ao ano passado, e as importações deverão atingir 3,2 milhões de toneladas, queda de 14,4% em relação a 2012. Cabe ressaltar, entretanto, que as importações indiretas de aço (contido em bens como máquinas e veículos automotores) apresentaram alta de 17,7% entre janeiro e julho de 2013, “o que evidencia a perda de competitividade da indústria nacional frente à concorrência dos importados. As vendas internas estão estimadas em 22,8 milhões de toneladas neste ano, o que significa 5,3% a mais do que no ano passado, enquanto o consumo aparente deve subir para 26,0 milhões de toneladas (+3,2%)”, destacou o executivo.

Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do IABr

Segundo o presidente executivo, a perda da competitividade dos produtos brasileiros e o excedente de oferta de aço no mercado internacional, que superou o patamar de 580 milhões de toneladas, explicam a queda expressiva das exportações brasileiras. Além disso, o impacto das importações diretas e indiretas de aço no país levou o setor a operar a 70% da sua capacidade quando, historicamente, o índice médio de utilização da capacidade instalada era acima de 85%.

“O anúncio do ministro Guido Mantega de que o governo não renovará as alíquotas do imposto de importação estabelecidas na Resolução CAMEX no. 70/2012 será prejudicial à indústria do aço brasileira, uma vez que permanecem as condições adversas que levaram à inclusão de alguns poucos produtos siderúrgicos na lista geral dos 100 produtos contemplados na referida Resolução. A alegação de que a valorização do dólar compensará os impactos da não prorrogação das alíquotas fixadas na referida Resolução não procede, uma vez que as moedas de alguns dos principais países exportadores de aço para o Brasil também foram depreciadas, como o Real. Além disso, se por um lado a valorização do dólar desestimula as importações, argumento usado pela área econômica do governo, por outro lado aumenta os custos das empresas do setor, já que matérias primas importantes como minério de ferro e carvão têm seus preços dolarizados, assim como as dívidas de algumas empresas”, alegou Lopes.

“E não há no Brasil uma política real de conteúdo nacional”, observou Marco.

Por exemplo, das arenas construídas para a Copa do Mundo FIFA 2014, quatro delas usaram aço importado na cobertura, cerca de 13.370 toneladas de aço.

O mundo externo não é a solução para o Brasil - “Considerando que diversos países ainda sofrem os efeitos da crise econômica mundial e que há excesso de oferta de aço no mercado internacional, a solução para a indústria brasileira do aço está no crescimento do mercado doméstico. Mas, para tal, é preciso que sejam concretizados os investimentos em infraestrutura e nos chamados projetos especiais, como o Pré-Sal e que sejam adotadas medidas efetivas para desonerar os custos de produção dos produtos brasileiros. A carga tributária elevada torna os produtos fabricados no País caros e em condições desfavoráveis para competir com os mesmos produtos fabricados em outros países”, frisou Marco Polo.

Perspectivas da indústria do aço no Brasil para 2014 - Estima-se que o consumo aparente de produtos siderúrgicos deverá alcançar o patamar de 27,0 milhões de toneladas no próximo ano, 3,8% acima de 2013.

O IABr prevê bons negócios para o aço no setor de petróleo, cujas perspectivas para os próximos anos são concretas com a produção do pré-sal no campo de Libra [supply boats, tubos de perfuração, etc], e também o segmento da construção civil que continua aquecida.

• Apresentação dos cenários Brasil e Mundial com ilustração gráfica

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