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22/08/2013 - 04:36

Os cuidados com o “pé diabético”

Neuropatia diabética atinge a metade dos pacientes com diabetes. O distúrbio é a principal causa de amputações não-traumáticas no mundo e será tema de conferência.

Entre os dias 21 a 23 de agosto (quarta a sexta-feira), a cidade de Natal (RN) receberá o Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia (CBAEM), evento promovido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e cujo objetivo é a troca de experiências entre médicos de todas as partes do Brasil. Entre os assuntos abordados, os cuidados com o “pé diabético” será tema de simpósio no dia 23, ministrado pela endocrinologista Dra. Hermelinda Pedrosa - coordenadora do departamento de pé diabético da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBN) e coordenadora do programa de pé diabético da Federação Internacional de Diabetes, para as Américas do Sul e Central.

A neuropatia diabética é um dos distúrbios mais complexos e, ao mesmo tempo, mais comuns associados ao diabetes: atinge a cerca de 50% dos pacientes. As causas, de acordo com a especialista, ainda não foram completamente elucidadas pela ciência. No entanto, sabe-se que os níveis elevados de glicose no organismo dos pacientes diabéticos ocasiona o aumento do “estresse oxidativo”, causando danos aos nervos periféricos – aqueles que não fazem parte do sistema nervoso central. Os pés são os membros mais atingidos. Os sintomas, quando surgem, variam de dores intensas a diminuição da sensibilidade.

Uma das principais características dos sintomas é seu surgimento ou piora à noite, no horário de repouso. Isso causa um grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. Muitos chegam a acordar no meio da noite com dores nas pernas, outros têm dificuldades para dormir, por conta de sensações, como queimação, formigamento, dores descritas como facada ou pontada, ou choque na perna e nos pés. “Há casos em que a pessoa sente dores com o toque do cobertor ou lençol, ou mesmo da roupa, que caracteriza a alodínia - muitas vezes não compreendida como uma forma de dor neuropática”, conta a Dra Hermelinda.

A perda da sensibilidade, por sua vez, traz outros riscos: uma ferida no pé - ocasionada por um objeto estranho dentro do sapato, ou mesmo por um corte de unha mal feito - pode passar despercebida e, com o passar do tempo, evoluir para uma ulceração de difícil cicatrização. Nos casos em que não há tratamento em tempo hábil, existe o risco da amputação do membro. “A neuropatia diabética é a maior causa de amputações não-traumáticas, aquelas que não são causadas por acidentes – compreendendo entre 40 a 70% em todo o mundo”, afirma.

O diagnóstico da neuropatia diabética é feito por meio do exame dos pés do paciente, no consultório, além de testes neurológicos básicos que visam detectar a resposta a estímulos dolorosos e não dolorosos (temperatura, dor, vibração e proteção plantar, além de reflexos).

“Os exames são simples, de baixo custo e podem ser feitos por qualquer profissional adequadamente treinado. Mas, infelizmente esta não é uma prática adotada pela maioria dos médicos. Dados de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Diabetes, realizada pela internet em 2005, apontam que 65% dos mais de 300 pacientes-internautas participantes nunca tiveram seus pés examinados”, relata Dra. Hermelinda Pedrosa. Segundo a especialista, a falta de prevenção e do tratamento para os pacientes com neuropatia diabética causa um grande impacto psicossocial, seja na qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, seja no alto custo para o sistema de saúde, sobretudo com gastos relacionados à amputação.

A prevenção passa primeiramente pelo controle constante da glicemia dos diabéticos – principalmente para aqueles com diabetes tipo1 - assim como das outras complicações ligadas à doença como a hipertensão arterial, dislipidemia e a obesidade. Ao mesmo tempo, as equipes médicas devem estar permanentemente atentas à condição dos pés dos pacientes. “A neuropatia diabética não tem cura, mas podemos controlar a doença impedindo sua progressão e aliviando os sintomas com o uso de medicamentos disponíveis no mercado. O diagnóstico precoce é fundamental para impedir que o paciente tenha complicações mais graves, como a formação de úlceras de difícil tratamento, impedi ndo assim que haja necessidade de amputação do membro”, completa a Dra Hermelinda Pedrosa.

.[Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia, de 21 a 23 de agosto (quarta a sexta-feira), no Centro de Convenções de Natal (RN),Av. Sen. Dinarte Medeiros, s/nº - Matriz, Natal (RN).Informações: www.cbaem2013.com.br].

Perfil - A Merck é a mais antiga indústria farmacêutica e química do mundo. A companhia une essa tradição com a busca constante por inovações nos segmentos em que atua. Com forte presença global, a Merck, fundada na Alemanha há mais de 340 anos, hoje está presente em 67 países e distribui seus produtos em mais de 150. A empresa possui visão de longo prazo e prioriza a pesquisa e o desenvolvimento de inovações nas indústrias farmacêutica e química.

Desde 1995, a empresa possui cerca de 30% do seu capital total cotado na Frankfurt Stock Exchange. Os demais 70% pertencem à família Merck, descendente do fundador. Atualmente, a empresa conta com cerca de 40 mil colaboradores distribuídos por 67 países. Em 2012, a receita total cresceu 8,7% para €11,2 bilhões, e as vendas aumentaram 8,4% para €10,741 bilhões, refletindo crescimento orgânico de 4,5% em relação a 2011.

A Merck atua no Brasil desde 1923 - há 90 anos - e é uma das dez maiores indústrias farmacêuticas do País, de acordo com o IMS Health. Sua sede é no Rio de Janeiro, onde fica também a fábrica de medicamentos. A área Química está localizada na capital paulista e conta com uma planta em Barueri e um depósito em Cotia, na Grande São Paulo. No Brasil, a empresa tem cerca de 1.100 funcionários.

A Merck trabalha em duas frentes, farmacêutica e química, e busca o equilíbrio nesses negócios. A área farmacêutica é composta pelas divisões Merck Serono - de medicamentos de prescrição e Genéricos – e Produtos de Consumo(Consumer HealthCare). Já a Química compreende as divisões Merck Millipore, com portfólio completo de soluções para análises em laboratórios de pesquisa ou controle de qualidade em indústrias ou instituições de saúde; e Performance Materials, com pigmentos industriais, ativos e pigmentos cosméticos oferecidos para diversos segmentos, como o de cosméticos, automotivo e de tintas especiais.

A Merck conta com um Programa de Responsabilidade Social Corporativa que tem como princípio o compromisso com os funcionários, com a sociedade e com o meio ambiente. O objetivo é contribuir tanto com a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários – através de uma série de iniciativas e programas específicos – como proporcionar a inclusão de pessoas com deficiência e crianças e jovens em risco social. Dessa forma, a Merck colabora a partir do apoio a projetos e ações que valorizam a cultura e a cidadania.

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