Uso da nutrição foliar para diminuição das perdas na produção de soja no país

A palestra “Nutrição Foliar – Fatos e Realidades”, realizada no V Fórum Abisolode 21 a 23 de agosto (quarta a sexta-feira), em Ribeirão Preto (SP),pelo Prof. Dr. Tadeu Inoue, da Universidade Estadual de Maringá, destacou a evolução da produção de grãos de soja no Brasil no período de 1976 a 2011, que passou de 1,7 Kg/ha a 3,1 kg/ha, respectivamente.

O palestrante mencionou a importância de se investir em tecnologias para melhorar as condições do solo e das plantas para diminuir as perdas da produção. “É estimado um aproveitamento de 25% da produção total de soja no País. As perdas de produção chegam até 75%, sendo que 65% estão relacionadas aos problemas abióticos, como às questões do clima e fertilidade do solo, e 10% por problemas bióticos, com o aparecimento de pragas e plantas daninhas”, afirma.

Por esse motivo, segundo Inoue, é fundamental o fornecimento de nutrientes para adubação do solo e a fertilização das plantas para um melhor aproveitamento da produção de soja. O objetivo do fornecimento de nutrientes via foliar é corrigir, complementar e suplementar a nutrição da planta, favorecendo seu equilíbrio nutricional.

Para complementar, destacou ainda que a aplicação foliar de nutrientes é uma ferramenta útil para o manejo das lavouras. O entendimento da fisiologia e demanda nutricional da planta e sua interação com o ambiente é primordial, devendo ter um acompanhamento técnico. Dessa forma, é fundamental o maior investimento em pesquisa para o desenvolvimento de formulações diferenciadas que atendam as reais necessidades das culturas. “A nutrição foliar é uma realidade, basta a posicionarmos corretamente”, argumenta.