Cetesb deve criar grupo de trabalho para discutir normalização de compostagem

A Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo estuda a possibilidade de criar um Grupo de Trabalho para discutir a normalização da compostagem de resíduos para uso agrícola. A informação foi dada pela engenheira agrônoma Katia Beltrame, diretora técnica de fertilizantes orgânicos da Abisolo – Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal, durante o V Fórum Abisolo, realizado em Ribeirão Preto (SP), de 21 a 23 de agosto (quarta a sexta-feira). “Com regras claras e definidas com a participação de todos os envolvidos – fabricantes, Cetesb, instituições de ensino e pesquisa, consumidores e autoridades ligadas à agricultura – teremos bases sólidas para estimular a indústria de insumos orgânicos tão necessária para o Brasil ocupar o lugar de destaque no cenário agrícola mundial”, afirmou Katia.

A palestrante entende que esse é um passo decisivo para o País ter um marco regulatório claro que estimule o investimento nesse campo. Em sua fala, a diretora da Abisolo destacou os principais aspectos adotados por legislação de 14 países europeus que abrangem 30 regulamentações diferentes em relação a classificação de compostos orgânicos. A seu ver, o composto resultante da compostagem deve se constituir em uma alternativa adequada quanto comparado com produtos de uso consagrado, como fertilizantes e minerais. Por fim, ela enfatizou que “a Abisolo não sugere, de maneira nenhuma, a adoção no Brasil dos parâmetros rígidos adotados por países europeus. A intenção é mostrar que é possível harmonizar legislações diferentes”, concluiu. [www.abisolo.com.br].